Algo precisa ser feito para exigir de vez o respeito à faixa de pedestres. Não é possível que vidas sejam tragicamente perdidas diante de uma forma de travessia criada justamente para dar segurança e proteção.
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A trágica morte da turista gaúcha Liane Frielink Dal Castel, 57 anos, na Meia-Praia, em Itapema, litoral catarinense, é daqueles tristes episódios que destroçam duas famílias: a da vítima e a do próprio condutor do veículo que a atingiu, no último sábado.
Em Santa Catarina e grande parte dos Estados brasileiros o desrespeito é geral. Talvez uma rara exceção seja a Capital federal. Os brasilienses têm como mandamento básico no trânsito obedecer a faixa, instrumento que significa civilidade e ordem. Basta o pedestre se aproximar, movimentar o braço e logo o veículo diminui a velocidade até parar completamente com o pisca-alerta ligado. O detalhe é que o condutor só arranca novamente quando o pedestre cruza totalmente a sinalização na via, evitando assim que veículo ao lado acelere antes e aconteça algum atropelamento.
O impressionante respeito em Brasília – ironicamente em Brasília, onde a farra da politicagem impera – passou a ser realidade depois de 20 anos de intensas campanhas da mídia e órgãos competentes. Aqui, infelizmente, não se tem notícia de iniciativa para criar a cultura de dar a vez ao pedestre. Na prática, fiscalizações também são raras e praticamente inexistem.
Agora ainda temos a direção ao celular, arma em potencial que já figura nacionalmente como uma das principais mortandades ao volante. Especialistas apontam como primordial intensificar ações educacionais nas escolas para que futuras gerações tenham comportamento diferente ao dos motoristas atuais. Do jeito que está as faixas de segurança são fantasmas e salve-se quem puder.
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Veja o vídeo do atropelamento:
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