A segunda assembleia dos trabalhadores do transporte coletivo de Florianópolis realizada na tarde desta terça-feira aprovou, novamente, o início do estado de greve. O Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Urbano (Sintraturb) realizará um último encontro às 19h. A assembleia da tarde reuniu mais de mil pessoas.

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Funcionários do transporte público decidem pelo estado de greve

– A partir das 00h entramos em estado de greve e a população pode esperar a paralisação em 72 horas – afirmou o secretário de Comunicação e Imprensa do Sintraturb, Dionísio Linder.

O secretário explica que neste período a categoria ainda vai avaliar qual o tipo de greve realizada: greve geral, com interrupção total do serviço, operação tartaruga, quando os ônibus trafegam com a metade da velocidade permitida na via ou, ainda, a greve somente dos cobradores. Neste caso, a população terá acesso livre aos ônibus pela porta traseira.

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Segundo Linder, a categoria mantém as reivindicações da última paralisação, em 15 de abril, como manutenção dos postos de trabalho dos cobradores, reajuste real dos salários e aumento do vale-refeição. Há, ainda, a exigência de um plano de saúde que preveja acompanhamento médico aos trabalhadores, que são constantemente submetidos a tensões como trânsito, filas e atentados aos veículos.

Por telefone, a assessoria de comunicação da Secretaria de Mobilidade Urbana de Florianópolis disse que a Prefeitura não pode participar da negociação entre patrão e empregado. Mas, caso haja paralisação do serviço, vão oferecer transporte alternativo para a população por meio de vans.

O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros da Grande Florianópolis (Setuf), Waldir Gomes da Silva, diz que assim que receberam a comunicação de greve por escrito pelo Sintraturb, irão chamar as empresas envolvidas para saber se haverá negociação.

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Na manhã desta terça-feira, Silva afirmou que respeita a mobilização do Sinturb, mas lembra que é impossível chegar a uma decisão agora sobre a questão dos cobradores.

– A situação está sub júdice, ou seja, a cláusula sobre os postos de trabalho dos cobradores está em julgamento no Tribunal Superior do Trabalho. Até lá, não temos como negociar nada. Não somos nós quem vamos decidir sobre isso – defendeu.