A partir da próxima segunda-feira, 26 de fevereiro, uma das principais unidades de cultura e memória da região Sul do Brasil ficará fechada por pelo menos seis meses. O Museu Nacional da Imigração e Colonização de Joinville (MNIC) passará por obras para restauração do alpendre do casarão Maison de Joinville, sede da administração da Colônia Dona Francisca no século 19. Por isso, será fechado para a visita pública desde os preparativos para as obras. O foco principal desta etapa da reforma é a substituição dos pilares do local, com previsão de início em abril. A expectativa é que os reparos sejam realizados em seis meses, período em que a visitação do público estará suspensa.
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— A intenção desse plano de ação é devolver à comunidade e à cidade um museu renovado e melhorado, em consonância com os padrões contemporâneos de museologia e da legislação vigente no Brasil, para o setor — explica a coordenadora do MNIC, Renata Cittadin.
De acordo com o gerente de Patrimônio Histórico e Museus, da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), Fernando Martins, o restauro do Museu Nacional da Imigração e Colonização deve reconhecido como um avanço no setor histórico-cultural da cidade.
— Esta obra é uma importante conquista para a cidade de Joinville. Não se trata do fechamento de um museu, mas sim da abertura de uma nova fase de um dos mais importantes espaços do patrimonial histórico nacional. Nosso planejamento de obra está diretamente relacionado a um plano de atuação, onde mesmo com intervenções, manteremos relacionamento com a comunidade e com o turista — afirma Martins.
As obras de restauro do alpendre do Museu Nacional da Imigração e Colonização serão realizadas pela empresa joinvilense Projete Engenharia e Construção Ltda., contratada pela Prefeitura de Joinville, por meio de licitação pública. O investimento será de R$ 45.724,13. Esta reforma espera pelo menos sete anos, período em que o alpendre e parte do terceiro piso do casarão estão interditados.
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Há um projeto para fazer restauro integral e novas construções no museu. Ele foi concluído e apresentado em julho do ano passado, no mês em que o museu completou 60 anos de criação. As obras, no entanto, ainda não têm data para começar. Orçado em R$ 3 milhões, o restauro da captação de recursos via Lei Rouanet.
Atividades educativas mantidas
Mesmo com os espaços expositivos fechados, o Museu Nacional da Imigração e Colonização manterá suas atividades educativas, sociais e ações externas. Entre elas, estão a realização do 1o Seminário de Museus da Imigração (em 16 de maio), a Festa do Imigrante (em 16 de setembro), atendimento a pesquisadores, digitalização do acervo, manutenção da rotina de higienização e tratamento do acervo, elaboração do Plano Museológico.
O contato com o público também será mantido por meio das atividades que o museu oferece para grupos e escolas, como o projeto educativo Percursos da memória: O Museu Nacional da Imigração e Colonização em tessituras com a malha urbana que o cerca; a exposição itinerante Negras Lembranças; e o acervo manipulável da Mala do Imigrante.
As escolas e grupos interessados em participar das atividades externas e itinerantes, devem entrar em contato com a equipe do museu e solicitar agendamento pelo e-mail educativo.mnic@joinville.sc.gov.br.
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