O mais visitado do Estado e um dos mais frequentados no Sul do Brasil, com 50 mil visitantes por ano, o Museu Nacional da Imigração e Colonização, no Centro de Joinville, há pelo menos sete anos aguarda o restauro do casarão-sede, sua principal atração. O plano de obras, que permitirá restauro integral e novas construções, foi concluído e apresentado em julho do ano passado, no mês em que o museu completou 60 anos de criação. As obras, no entanto, ainda não têm data para começar. Orçado em R$ 3 milhões, o restauro do museu depende, agora, da captação de recursos via Lei Rouanet, que deve começar nas próximas semanas.
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O Museu da Imigração faz parte do grupo de museus de Joinville que no início desta década apresentavam problemas de estrutura e acessibilidade, como o Museu de Arte, o Sambaqui e a Casa Fritz Alt. Em 2011, a Fundação Cultural (atual Secretaria de Cultura e Turismo) havia conquistado um repasse de R$ 225 mil pelo Ministério da Cultura para obras nos quatro museus, valor considerado muito baixo para as necessidades reais das unidades de cultura. Na época, apenas R$ 79.631 seriam destinados às reformas na cobertura, que tinha infiltrações, e no alpendre lateral direito, no segundo piso, que já estava envergado e sendo mantido por estacas. Sete anos depois, elas continuam lá, já que não houve empresas interessadas em assumir a execução do projeto por um preço tão baixo.
Segundo a coordenadora do museu, Renata Cittadin, o projeto de requalificação foi enviado ao Ministério da Cultura em setembro do ano passado para aprovação e, agora, a Associação dos Amigos do Museu Nacional de Imigração e Colonização (Aamnic) está abrindo uma conta para iniciar o processo de captação dos R$ 3 milhões via Lei Rouanet (quando empresas e pessoas físicas deduzem o valor do apoio do Imposto de Renda devido, direcionando o dinheiro especialmente para o projeto selecionado). O valor será usado para a construção de um anexo, em arquitetura contemporânea, para a reservas técnicas, a sala de conservação e documentação e um espaço administrativo, além de obras de acessibilidade ao segundo e ao terceiro pavimentos do casarão.
O diagnóstico das necessidades do museu começou em 2014, por uma empresa de engenharia de Joinville contratada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em parceria com a Fundação Cultural, por R$ 147 mil. Por ele não passou um dos maiores problemas do imóvel, o alpendre do segundo andar, que passou por licitação em 2017 e deve entrar em obras em 90 dias.
— Quando as obras do restauro forem iniciadas, a contenção do alpendre já estará concluída — afirma Renata.
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