Do volume de multas de trânsito que Assembleia Legislativa de SC acumulou em 2013 – um total de R$ 25 mil, conforme noticiou o Estúdio SC no domingo -, R$ 21,6 mil foram debitados diretamente do salários dos deputados responsáveis pelos veículos.

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O restante deste valor, segundo a presidência do Legislativo, foi cobrado dos infratores, que podem ser tanto o motorista do gabinete quanto assessores parlamentares que possuem permissão para usar os carros.

O mês em que a atividade parlamentar mais gerou multas foi novembro, quando foram descontados R$ 4,6 mil dos servidores. Na sequência vem janeiro (R$ 3,4 mil) e julho (R$ 3,3 mil). De acordo com o presidente da Assembleia, deputado Joares Ponticelli (PP), nestes meses, quando a agenda é mais agitada, os parlamentares precisam cumprir compromissos nas nas suas cidades de base.

– Este tipo de infração é corriqueira, se levarmos em consideração que nossas cidades sofrem problemas com mobilidade e enfrentam tráfego intenso – justificou Ponticelli.

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A Assembleia não determina que multas de trânsito sejam descontadas no contracheque dos parlamentares. Alguns optam por permitir o desconto de seus vencimentos, independente de quem tenha cometido a infração, enquanto outros estabelecem que o motorista infrator deve arcar com o custo e os pontos na carteira.

As infrações mais frequentes são uso de celular, excesso de velocidade e desrespeito ao sinal vermelho. Os 40 deputados contam com uma frota de 55 automóveis em um contrato anual no valor de R$ 2 milhões.