Uma denúncia anônima feita à Divisão de Investigação Criminal de Joinville (DIC) levou os policiais a quatro mulheres suspeitas de entrarem com drogas no Presídio Regional. Segundo o delegado, em entrevista para a NSC TV, a pessoa que fez a denúncia deu muitos detalhes do caso e garantiu que elas tentariam entrar no presídio com drogas. As policiais acompanharam as mulheres no momento da revista no escâner que deveria identificar a droga, mas isso não aconteceu.

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Após cinco meses de atraso, escâneres corporais começam a operar em Joinville

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Segundo o delegado Fábio Istuqui, que acompanhou a revista, o equipamento não foi eficiente e não mostrou que duas das mulheres estavam com droga no corpo. A droga estaria com uma mulher de 46 anos e outra de 25, que, inclusive, está grávida.

Como o escâner não identificou a droga, as quatro suspeitas foram encaminhadas ao Instituto-geral de Perícias (IGP) para um exame mais detalhado. O exame constatou que duas delas estavam com drogas dentro do corpo.

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Foram encontrados 156 gramas de maconha nas partes íntimas de duas mulheres. Elas foram presas e autuadas em flagrante pelo crime de tráfico de drogas.

O delegado garante que essa situação envolvendo o escâner do Presídio Regional não foi isolada.

— A pessoa que denunciou falou que, na semana passada, essas quatro mulheres tinham entrado com aparelhos celulares no presídio e o aparelho não identificou.

Dos 12 aparelhos instalados em SC, dois deles estão em Joinville, um no Presídio Regional e outro na Penitenciária Industrial. Após cinco meses de atraso, eles começaram a operar em setembro.

Para o delegado, por causa dessas ocorrências, os equipamentos não são tão confiáveis como deveriam.

— Constatamos que ele não foi eficiente. Não se sabe qual é a técnica do aparelho, e pelos relatos de ontem (quinta-feira), percebemos que eles também não sabem operar muito bem o equipamento. Causa surpresa para nós e um temor porque se um celular passa, pode passar outra coisa mais grave —, diz.

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De acordo com a direção do presídio, o problema existiu, mais foi pontual. Ela garante que vai entrar em contato com a empresa que instalou o equipamento para realizar os ajustes e que os agentes estão preparados para trabalhar com o aparelho.