Será apresentada, nesta quinta-feira, denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra pelo menos 20 envolvidos em corrupção na Petrobras. É o resultado prático da sétima etapa da Operação Lava-Jato, desencadeada pela Polícia Federal no fim de novembro e que teve 25 pessoas presas.

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O anúncio dos denunciados está previsto para as 15h em Curitiba, numa entrevista coletiva da qual deve participar o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Ele já adiantou que entre os alvos da denúncia estão os 11 executivos de empreiteiras que continuam presos, sob suspeita de pagar suborno a dirigentes da Petrobras.

São eles:

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– Da construtora Camargo Corrêa: Dalton dos Santos Avancini (diretor-presidente), João Ricardo Auler (presidente do Conselho de Administração), Eduardo Hermelino Leite (diretor-vice-presidente).

– Da empreiteira OAS: J osé Aldemário Pinheiro Filho (presidente), Agenor Franklin Magalhães Medeiros (diretor internacional), Mateus Coutinho de Sá Oliveira e José Ricardo Nogueira Breghirolli (funcionários).

– Da UTC: Ricardo Ribeiro Pessoa (presidente)

– Da Mendes Júnior: Sérgio Cunha Mendes (vice-presidente)

– Da Engevix: Gerson de Mello Almada (vice-presidente)

– Da Galvão Engenharia: Erton Medeiros Fonseca (diretor-presidente).

Mas as denúncias não vão se limitar aos executivos. Devem ser denunciados, também, o lobista Fernando Soares, conhecido como Baiano (que intermediava propina para negócios na área internacional da Petrobras e também está preso), o doleiro Alberto Youssef (também preso) e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Carlos Alberto Costa (em prisão domiciliar). Outro denunciado deve ser o ex-diretor de Serviços da estatal petrolífera, Renato Duque.

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Dos intermediários, devem ser denunciados Adarico Negromonte (irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte) e o policial federal Jaime Oliveira Filho, o Careca, que faziam pagamentos de propina em malas de dinheiro, liberadas pelo doleiro Youssef. Eles chegaram a ser presos, mas foram soltos pela Justiça há poucos dias.

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Os demais denunciados devem ser outros executivos de empreiteiras, que também foram libertados após alguns dias de prisão.

As denúncias devem ser por quatro crimes: lavagem de dinheiro, corrupção ativa, corrupção passiva e organização criminosa.

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*Zero Hora