MP sugere fechamento parcial do Mercado Público de Florianópolis

Para evitar o impacto econômico sobre os comerciantes com o fechamento da Ala Norte do Mercado Público de Florianópolis, o promotor Daniel Paladino deve sugerir a interdição parcial do prédio para o prefeito Cesar Souza Junior.

Ainda no aguardo do laudo dos bombeiros sobre o incêndio, no dia 3, no box 44, o Ministério Público espera para essa semana um encontro para tratar do assunto junto aos representantes da prefeitura.

O promotor diz estar preocupado com os riscos de novos incêndios e considera a situação no limite. Paladino recebeu a informação de que um pequeno curto-circuito teria ocorrido em um box, na Ala Sul, na segunda-feira.

O proprietário conseguiu controlar o foco, sem necessidade de chamar os bombeiros. Por sorte, isso ocorreu durante o dia. Se fosse à noite, o fogo poderia ter se alastrado por outras lojas.

A nova administração aguardava para esta terça-feira a posse de Dalmo Vieira Filho, como secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, para marcar reuniões e tratar do assunto.

Durante a cerimônia de posse do responsável pelo Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf), o prefeito Cesar Souza Junior prometeu uma reforma no prédio e disse ter escolhido o nome do novo administrador do Mercado Público, o comerciante Paulo Marques Moraes, 48 anos, e que tomará posse na quinta-feira. Souza disse que eles irão tratar do assunto com o Ministério Público.

Para o promotor, o assunto precisa ser tratado com brevidade diante dos riscos que o prédio se encontra:

_ Mesmo com as obras na parte elétrica, a possibilidade de novos incêndios não deixa de existir. Não podemos contar com a sorte _ sugeriu o promotor.

Para Paladino, é necessário uma conversa com representantes da prefeitura a fim de se deliberar sobre o uso do espaço:

_ Sabemos que fechar todo a ala traria uma dificuldade financeira para os comerciantes, mas é preciso fazer a obra com certa urgência, inicialmente possível em 60 dias, como forma de maior segurança _diz.

O promotor lembra que em 2011, a prefeitura tinha se comprometido a fazer as alterações necessárias. Mas isso não ocorreu. A provável causa do incêndio no box 44 foi um curto-circuito no ventilador de teto do primeiro andar. Em chamas, o aparelho caiu próximo a uma prateleira de exposição de sandálias que pegou fogo.