A Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) confirmou nesta terça-feira que o réu Gustavo Raupp Schardosim, acusado de atropelar e matar o jornalista Róger Bitencourt em Florianópolis, será julgado em júri popular. A data do julgamento ainda não foi definida. Schardosim responderá por homicídio qualificado contra Bitencourt, tentativa de homicídio contra Jacinto Silveira Florzino e embriaguez ao volante.
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O réu está preso preventivamente na Penitenciária da Agronômica, em Florianópolis. Em janeiro, o advogado Alexandre Neuber havia entrado com pedido de habeas corpus, que foi rejeitado pela Terceira Câmara Criminal do TJ. Ciente da confirmação do júri popular, ele afirma que continuará recorrendo pela liberdade do cliente.
— Ele está há sete meses preso. Não há base legal para isso. Um desembargador votou pelo habeas corpus, mas foi voto vencido. Em outros casos semelhantes, os acusados responderam ao processo em liberdade.
O atropelamento aconteceu na manhã do dia 27 de dezembro de 2015, na SC-401, em Florianópolis. Bitencourt e Florzino treinavam ciclismo na ciclofaixa da rodovia, no sentido Centro, quando foram atingidos por Schardosim, que dirigia um Volkswagen Parati. Róger Bitencourt morreu no local, enquanto Florzino foi encaminhado ao hospital Celso Ramos com escoriações.
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Depois de rodar por 300 metros depois da batida, pedestres e motoristas conseguiram impedir que o motorista fugisse, tirando a chave da ignição. O motorista se recusou a fazer o exame do bafômetro, mas o agente da Polícia Militar Rodoviária afirmou que ele estava com sinais de que havia ingerido bebida alcoólica. Na delegacia, Schardosim admitiu ter bebido antes de dirigir. Também foram encontrados cigarros de maconha no carro dele.