A Justiça decidirá em até 24 horas se o empresário Raulino Jacó Brüning Filho, 33 anos, será preso preventivamente por ter atropelado três pessoas na manhã desta terça-feira de Carnaval no Bairro Tapera, em Florianópolis. Uma delas, um jovem de 20 anos, morreu no local. As outras duas ficaram feridas, uma gravemente. O condutor foi preso em flagrante pela Polícia Militar (PM) na marina em que é proprietário no Ribeirão da Ilha, também na Capital.
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Homem morre e duas pessoas ficam feridas em atropelamento na Tapera
Brüning filho está preso na 5ª Delegacia da Polícia Civil, no Bairro Trindade, onde ficará até decisão judicial. O delegado de plantão e responsável pelo caso, Cléber Tappi Serrano, afirma que enviará ao Judiciário o auto de prisão em flagrante pelos crimes de homicídio doloso — quando há a intenção de matar —, lesão corporal dolosa e embriaguez ao volante.
Serrano afirma que o exame feito no Instituto Médico Legal (IML) atestou que ele estava com a capacidade psicomotora alterada. No entanto, o condutor se recusou a fazer os testes de sangue e de bafômetro.
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Durante o interrogatório, explica o delegado, o empresário disse que não se lembra do acidente. Brüning Filho contou, na presença do advogado, que teria cochilado ao voltante e não recorda do que ocorreu. Ele disse que foi avisado do ocorrido quando a PM o prendeu.
Serrano justifica que não pediu a prisão preventiva do condutor porque entende que a decisão deve ser tomada pelo Ministério Público e pelo Judiciário:
— Mesmo que tenha dado alterado, não consigo atribuir a capacidade psicomotora, em razão das vestes e do comportamento dele. O rapaz (Brüning Filho) não se recusou a responder a nenhuma pergunta. Mas o meu entendimento foi de que ele assumiu o risco ao ingerir bebida e dirigir.Nesse caso, vou deixar a decisão para o promotor e o juiz. Só peço a manutenção da prisão preventiva naqueles casos que entendo no meu auto de prisão que deve ser mantido em razão da necessidade.
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Serrano também foi o delegado responsável pelo inquérito do atropelamento que matou o jornalista Róger Bitencourt no final de 2015. Naquele caso, o delegado pediu a prisão preventiva do condutor, também por homicídio qualificado. Ele explica, porém, que o caso da Tapera é diferente:
— Não foi deixado de lavrar a situação em flagrante, e o meu entendimento continua o mesmo de que pessoa que dirige e bebe e mata alguém tem que ser preso.
Dentro do veículo, registrou o delegado, também foram encontradas garrafas de bebida. O motorista ainda disse para o delegado que bebeu à meia-noite segunda-feira. O acidente ocorreu por volta de 6h40min. O veículo está apreendido na 5ª DP. Serrano diz que tentou enviar o motorista para o Presídio de Florianópolis, mas que não haveria vaga na unidade. Por isso, ele ficará na delegacia da Trindade ou na Deic, no Estreito, até a decisão judicial.
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Uma morte e dois feridos em atropelamento na Tapera – Florianópolis