Um leito de UTI reservado de última hora para o paciente cardíaco Raul Domingos Fagundes dos Reis, de 43 anos, não bastou para salvar a vida dele na noite da última segunda-feira, no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, em Joinville. Ele morreu por volta das 22h15.

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Raul havia procurado ajuda médica na unidade já no último sábado. Não encontrou clínico-geral no pronto-socorro e precisou ser internado às pressas no pronto-atendimento Norte.

Na segunda, com o quadro ainda mais grave, a família dele foi informada de que não havia leito em nenhuma UTI da cidade para interná-lo. Mas os parentes de Raul não desistiram. Apelaram ao Ministério Público Federal (MPF) para conseguir o atendimento especializado.

No final da tarde de segunda, a resposta veio: um leito de UTI do próprio Regional foi disponibilizado ao paciente. Só por volta das 19 horas ele deu entrada. Foram mais de 48 horas de agonia. Das 20 vagas existentes no Regional – dez cardíacas e dez de UTI geral -, nenhuma estava disponível.

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No Hospital Municipal São José, que conta com 14 leitos de UTI, as vagas também estavam ocupadas. O procurador da República David Lincoln, que já ajuizou ação contra o Regional, orienta outros pacientes – que sofrem com a mesma situação – a procurar o MPF.