Após 15 dias em coma, faleceu na noite de domingo a jovem Rafaela Saraiva, 17 anos, atropelada na SC-401, no Norte da Ilha, quando caminhava no acostamento com amigos na noite do dia 17 de abril. O motorista fugiu sem prestar socorro.
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Jovem atropelada na SC-401, em Florianópolis, continua em coma
Segundo o pai da menina, Carlos Roberto Saraiva, a Rafaela teve traumatismo craniano, e nos últimos dias os outros órgãos entraram em falência. Ela chegou a passar por uma cirurgia de emergência no domingo, mas sem sucesso:
— O que eu mais quero é justiça. De um atropelamento agora virou a morte da minha filha. Ela ficou 40 minutos caída, se ao menos o motorista tivesse prestado socorro, ela poderia estar viva. E ele ainda tá solto por aí _ lamentou o pai.
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No velório, no cemitério do Itacorubi, o clima era de tristeza e revolta. Muito abalada, a mãe de Rafaela, Sandra Rocha, era acolhida por amigos e familiares o tempo todo. Mãe e filha moravam juntas no bairro Flor de Nápolis, em São José.
— Morava só nos duas e o que dói mais é saber que o motorista que fez isso está solto. Ela era uma menina maravilhosa, sempre alegre, todos gostavam dela. Nada vai trazer minha filha de volta, mas quero justiça — disse Sandra.
O namorado de Rafaela, Raphael Rosa, 18 anos, também estava revoltado e inconformado. Ele estava junto no momento do atropelamento:
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— O carro atropelou e não teve a capacidade de parar para nos ajudar. Pelo que soube ele foi na delegacia e disse que não percebeu que tinha atropelado pessoas, como se isso fosse possível. Soubemos que no mesmo dia ele já tinha levado várias multas por excesso de velocidade — contou.
Na semana passada, a delegada responsável pelas investigações, Giovanna Depizzolatti, afirmou que somente após ouvir o suspeito e receber o resultado da perícia, iria decidir se ele seria indiciado.
Rafaela cursava o terceiro ano do Ensino Médio no colégio Solução e pretendia fazer vestibular para psicologia.
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Atropelamento e fuga
No final da tarde do domingo em que aconteceu o atropelamento, a equipe da Central de Investigações de Norte da Ilha identificou um suspeito, no entanto não foi possível realizar a prisão pois não foi caracterizado o flagrante. A investigação segue com a 5ª Delegacia de Polícia, mas familiares também buscam informações
Segundo o pai, testemunhas relataram ter visto o veículo branco Volvo XC60 atingir os jovens, e as câmeras da Polícia Rodoviária Estadual flagraram o carro passando em alta velocidade pelo pedágio desativado na SC-401 momentos depois.
A família também conseguiu fotos do veículo com batidas que correspondem ao atropelamento e diz que pedaços do carro que ficaram no local do acidente são do Volvo:
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— Também soubemos que a perícia encontrou cabelo da minha filha nos amassados do carro — disse Carlos.
Com essas informações, as fotos do suspeito começaram a se espalhar pelas redes sociais. O pai do namorado da jovem, o empresário Raphael Rosa, informou em entrevista à repórter Sônia Campos, no Jornal do Almoço, que acredita que o nome do motorista veio à tona depois de uma denúncia:
— O que estão comentando é que uma moça suspeitou que ele tinha atropelado, seguiu o carro e chegou ao lugar onde ele escondeu o veículo e foi na delegacia fazer a denúncia. Todo mundo fala em justiça, eu gostaria que ele tivesse uma atitude de homem e se apresentasse, tomasse uma atitude solidariedade. Ele não vai fugir pra sempre, não adianta — disse.
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