Moradores reclamam do atraso na conclusão das obras da rua Timbó, em Joinville

As obras de drenagem na rua Timbó começaram em 2009 com a promessa de resolver os constantes alagamentos perto do rio Morro Alto, no América. De fato, as inundações ficaram no passado. Porém, os antigos transtornos foram substituídos pelo entulho de uma obra não concluída e pela incerteza de quando serão retomadas as atividades pela empreiteira responsável. A Catedral Empreiteira suspendeu a execução da obra no começo de dezembro, já na fase final, por falta de pagamento da Prefeitura.

O atraso na conclusão da obra prejudica os moradores da região, como o aposentado Aron Slutzky, 84 anos, que mora na esquina da rua Timbó com a Criciúma. Ele aguarda a entrega da obra para reformar a casa, já que rachaduras apareceram no imóvel durante a execução.

– O que incomoda é que não termina nunca e essa demora desvalorizou a propriedade -, reclama.

Além disso, a obra inacabada está fazendo com que em dias de chuva forte o esgoto da rua Criciúma invada a via e parte dos terrenos dos moradores.

– Agora, alaga a rua por causa da tubulação, que em dias de temporal não tem vazão para o rio e volta -, explica Aron.

Outro morador da rua Criciúma, Reginaldo Paul, 64 anos, passa todos os dias pela ponte inacabada da rua Timbó para chegar em casa. Ele aponta outro problema decorrente da obra abandonada: a falta de sinalização.

– Isso aqui é lamentável. Quanta gente fica indignada porque atravessa a ponte e aí se depara com a rua sem saída, porque não tem a placa para sinalizar -, relata.

Aron conta que ligou para a Prefeitura em fevereiro em busca de informações, mas não souberam informar quando as atividades serão retomadas.

Contraponto

Conforme a diretora executiva da Secretaria de Planejamento, Carla Cristina Pereira, a obra não tem data para ser retomada. A dívida da Prefeitura com a Catedral entrou na renegociação anunciada pelo governo Udo Döhler no início da sua gestão.

A previsão é para que a empreiteira receba parte dos R$ 2.864.561,00 a que tem direito em 15 de abril, data da segunda rodada de pagamentos. A Prefeitura propôs que a Catedral retome as atividades assim que for efetuado o pagamento, mas a empresa ainda não se manifestou.