As peças de concreto e tubulações abandonadas preocupam os moradores da rua Timbó, que temem que as cheias do rio Morro Alto invadam as casas em caso de chuvas fortes. As obras de macrodrenagem na sub-bacia do rio estão paralisadas desde o início do mês e causam transtornos para quem precisa passar pelo local.
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Caso da assistente administrativa Leonir Salete de Matos, 51 anos, que trabalha na Celesc, na esquina da rua Timbó com a Marquês de Olinda.
– A gente tinha ficado aliviado que finalmente iam resolver o problema da rua, mas ,ao invés disso, trouxeram um maior -, desabafa. Marise Theilacker, 51 anos, que passa todos os dias pelo local também reclama da paralisação.
– Ao menos agora o problema é um pouco menor. Antes, o cheiro de esgoto era terrível -, lembra.
O tráfego intenso de veículos também incomoda, já que, devido às obras, uma das pistas da rua Marquês de Olinda foi interditada e a outra tem sido usada para desvio.
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Sandi Stadelhofer, 48 anos, mora em frente ao trecho interditado e reclama que os congestionamentos dificultam a entrada e a saída da garagem. Além disso, sem previsão para que as obras avancem, os possíveis alagamentos já dão dor de cabeça.
– Acho que merecemos algum posicionamento.
Faltam dez metros para conclusão da galeria na rua Timbó com a Marquês de Olinda.
Segundo o procurador-geral do município, Naim Tannus, a empresa Cbemi Construtora Brasileira e Mineradora Ltda., de Curitiba, vencedora da licitação, apresentou uma proposta de cessão de contrato, alegando não ter condições de concluir as obras.
De acordo com o procurador, a empresa sugeriu ceder o contrato para outra empresa indicada por ela. Ele conta que a viabilidade da proposta será analisada junto ao BID, já que a legislação brasileira não permite este tipo de contrato.
– O mais comum é que a empresa que ficou em segundo lugar na licitação assuma as obras -, explica.
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Para não atrasar ainda mais as obras, a Prefeitura deve ter um posicionamento ainda nesta quinta.
Por meio de nota, a empresa afirma que 48,3% das obras já foram executados. A Cbemi admite haver atraso nos trabalhos em relação ao cronograma previsto e informa que isto aconteceu neste mês. O documento afirma ainda que a empresa nunca deixou de cumprir os compromissos assumidos com os contratantes.
A empresa afirma estar momentaneamente, com dificuldades operacionais, as quais estão sendo resolvidas. A Cbemi diz estar mantendo negociações com a Prefeitura para resolver os problemas na obra sem que haja prejuízos.