A rodovia SC-410 que liga a BR-101 às praias de Governador Celso Ramos, na Grande Florianópolis, é a principal entrada do município e, por ela, passam R$ 1,5 milhão de turistas que visitam a cidade na temporada de verão. Desde 2013 é totalmente municipalizada, ou seja, quem cuida da via é a prefeitura. Antes, ela era administrada pelo Governo do Estado.
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Acontece que a rodovia coleciona alguns buracos e desníveis na pista. A maior parte é de asfalto, mas há trechos com pavimento em lajota. Com a notícia da cobrança da Taxa de Preservação Ambiental (TPA) a partir do próximo ano, muito moradores questionam a falta de manutenção da rodovia e pedem mais atenção por parte do poder público.
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O azulejista Alci Alcides Teixeira, de 41 anos, morador próximo à rodovia, conta que a via recebe um fluxo intenso de caminhões pesados, que contribuem para a abertura dos buracos na estrada.
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— O pedaço de calçamento faz uns oito anos que tá assim. O asfalto tá cheio de buraco, passa muito caminhão carregado e piora tudo.
Seu Manoel Nunes, 69, conta que o problema é que os buracos são tão grandes que acabam com os veículos. Um amigo dele chegou a estourar o pneu do carro recentemente.
— Eu disse pra ele fazer um Boletim de Ocorrência e pedir para a prefeitura pagar, porque nós pagamos tanto imposto que a prefeitura tem que arrumar a estrada, é a obrigação dela.
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— O asfalto tá horrível, não adianta cobrar pedágio se não arrumar a estrada — acrescenta o pescador Servacio Cardoso Filho, 60.
O que diz a prefeitura
O prefeito Juliano Duarte Campos informa que a prefeitura mantem um cronograma de manutenção da estrada e que 90% dos buracos já foram consertados. Segundo ele, em comparação com outras rodovias, a SC-410, mantida com recursos do município, está em bom estado. Por ano, a prefeitura gasta em torno de R$ 200 mil para reparos em pavimentação.
Já na parte de lajota, Juliano diz que não há necessidade de manutenção, pois não há buracos, e que não pretende mexer no calçamento e colocar pavimento. Segundo ele, em toda a cidade há mais de 100 ruas sem nenhum tipo de infraestrutura e que precisam de asfalto.
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— Não vou deixar de aplicar recursos onde não tem infraestrutura para tirar o que tem e fazer tudo novo. A rodovia está transitável — afirma.
Ainda de acordo com Juliano, a prefeitura tenta fazer um empréstimo de R$ 9 milhões pela Caixa Econômica Federal para realizar obras por todo o município, incluindo a pavimentação e calçamento de cerca de 50 ruas. Além disso, o projeto prevê a construção de três novos trapiches, em Cantos dos Ganchos, Ganchos de Fora e Armação da Piedade e um portal de entrada em Areias de Baixo. O pedido de empréstimo está em fase de análise pela Caixa e as obras devem começar no próximo ano.
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