O Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) Costa do Sol Poente está promovendo um abaixo-assinado para pedir a volta de uma base da Polícia Militar no distrito de Santo Antônio de Lisboa, Norte da Ilha. A antiga ficava onde atualmente está o centro comunitário, e desde o fechamento dela por falta de estrutura, em 2014, os moradores afirmam que a criminalidade aumentou na região.
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O documento está circulando entre a comunidade para depois ser encaminhado ao 21º Batalhão de Polícia Militar e ao Ministério Público. Ele solicita quatro policiais por turno e a base, fixa ou móvel, que funcione 24 horas.
— Quando tinha a base, coibia assaltos e furtos na região de Santo Antônio, Sambaqui, Cacupé. Agora, todo o final de semana tem pelo menos cinco arrombamentos. A gente tem muita convicção de que uma base ali iria diminuir isso — espera o presidente do Conseg, Adriano Ribeiro.
Uma das últimas moradoras a ser assaltada é a comerciante e maricultora Gioconda Rosito, do Cantinho das Ostras. Ela teve o veículo Gol roubado por três garotos no dia 24 de abril.
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— Estava chegando em casa quando um menino armado, parecia um adolescente, me abordou. Eu segurei, mas depois vieram mais dois e levaram o carro, o dinheiro do dia, alimentos do bar e documentos — lembra. O carro apareceu uma semana depois, depenado, no bairro João Paulo.
A Polícia Militar, pelo menos por enquanto, descarta reabrir um posto na região. Conforme o capitão Diego Machado, do 21º BPM, isso não está no planejamento da instituição.
— Se a gente pudesse, reabriria todos os postos. Mas continuamos trabalhando lá com barreiras, com uma viatura diária, as bike-patrulhas, participando ativamente do Conseg. Nós temos atendido plenamente aquela localidade dentro das nossas possibilidades — explica o oficial.
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A comunidade implantou recentemente o projeto Vizinho Solidário, que já foi assunto na Hora. Trata-se de um grupo no Whatsapp com a presença de policiais militares e moradores, onde os membros avisam eventuais situações de risco, furtos e assaltos.