A auxiliar de limpeza Samara de Camargo Pereira está indignada e pede providências em relação à falta de médicos no posto de saúde do bairro Monte Cristo, em Florianópolis. Ela fez contato com a redação da Hora nesta quinta-feira relatando que levou a netinha de cinco anos no local na segunda-feira, mas não conseguiu atendimento.

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— O posto estava lotado e não tinha médico. E hoje (quinta-feira) uma amiga foi lá e ainda não tem médico. Isso não pode ficar assim. Algo precisa ser feito — denuncia.

Samara salienta que a menina ainda está com os olhos inchados, sem poder ir à creche e sem receber medicação.

— Se a menina não for na creche dois dias seguidos, pode perder a vaga. Então, para conseguir o atestado, esperei até uma enfermeira fazer a avaliação. Ela disse que era conjuntivite e me deu o atestado. Quem fez a avaliação foi a enfermeira — relata.

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A leitora também avalia que essa falta de médico sobrecarrega os hospitais e questiona que promessas feitas não foram cumpridas.

– Cadê o Alô, Doutor!, que o prefeito prometeu e nunca apareceu? A prefeitura precisa da ruma olhada pelo Monte Cristo — finaliza.

O que diz a prefeitura

Questionada sobre as afirmações da leitora, a Secretaria Municipal de Saúde informa, via assessoria de comunicação, que a unidade do Monte Cristo tem quatro equipes de saúde da família, mas só duas têm médicos. “Em uma das equipes o médico está de férias e na outra, o médico está afastado 10 dias por motivos de saúde”, diz a nota, completando que uma médica que trabalha na Diretoria de Atenção à Saúde, dentro da Secretaria Municipal de Saúde, está atendendo duas vezes na semana (terças e quintas de manhã) para reforçar as equipes sem profissionais médicos.

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Ainda conforme a secretaria, no dia 17 de outubro foi aberto edital do processo seletivo para contratação de novos profissionais de saúde, dentre eles médicos, enfermeiros, auxiliar de enfermagem, farmacêutico, infectologista, auxiliar de saúde bucal, médico cirurgião e médico endocrinologista. “A previsão é que estes profissionais sejam integrados à rede no início de janeiro de 2019”, diz o texto. “É importante salientar que os pacientes considerados graves ou com problemas crônicos não estão sem atendimentos, são atendidos pelos enfermeiros e quem precisa de medicação está recebendo”.

Em relação o Alô, Doutor!, a Secretaria de Saúde de Florianópolis informa que está estruturando a parte operacional do programa, para então iniciar o treinamento das equipes e fazer a contratação de uma empresa para gerenciar a central de atendimento. “A estimativa da Secretaria é que o programa seja implantado gradualmente no primeiro semestre de 2019. Por exemplo, já existem unidades de saúde que fazem o agendamento de consultas via aplicativo de celular. A partir de janeiro, a previsão é estender essa ferramenta para praticamente todas as 49 unidades de saúde”, diz a nota.

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