Quem disse que Blumenau não é terra de samba está enganado. Os cerca de 80 integrantes da escola de samba Mocidade Unidos do Salto do Norte mostraram que não é preciso muito para mostrar o samba no pé. O grupo tomou a Rua Johann Sachse por volta das 16h30min e o embalo da festa ficou por conta daqueles personagens que não podem faltar em nenhum desfile: mestre-sala, porta-bandeira e rainha da bateria conduziram a folia.
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::: Escola de samba tenta manter viva em Blumenau a festa mais popular do país
O programa dos moradores do Salto do Norte na tarde deste domingo de Carnaval foi acompanhar a festa em frente às suas casas. Embalados pelo samba-enredo que fala sobre o combate ao preconceito, a comunidade da região caiu no samba. O casal Nadir Leite e Elsio Alves, ambos com 52 anos, acompanhou todo o desfile, caminhando pelas calçadas da rua. É o segundo carnaval que passam juntos:
– Nós fazemos questão de prestigiar porque a escola é do bairro. O desfile da Mocidade alegra a região. Penso que com mais ajuda e incentivo, a festa poderia ser maior e melhor – avaliou a costureira.
O tempo também contribuiu com o desfile. Após a manhã nublada, o sol brilhou minutos antes da festa iniciar. O trajeto começou nas proximidades do acesso à BR-470 e o grupo rumou pela Rua Johann Sachse em direção à rua Sérgio Vestrupp. O encontro foi acompanhado pela Polícia Militar e Guarda de Trânsito de Blumenau.
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Porta-bandeira estreia no Carnaval
A jovem Evelyn Lorraine, de apenas 14 anos, deu show na rua. Vestindo um traje idealizado por ela mesma e acompanhada do pai, que assumiu o posto de mestre-sala, teve a nobre tarefa de erguer a bandeira da agremiação. A estudante afirmou que é a primeira vez que desfila representando a escola de samba na cidade. No entanto, revela que não pretende parar por aí.
– Desfilar é maravilhoso. Ensaiei o samba por vários dias e eu mesma ajudei a confeccionar ao vestido – disse a jovem moradora do bairro.
Sambar também está no sangue da auxiliar de enfermagem Cátia Solange Góes, 41 anos, escolhida para ser a madrinha da bateria. Assim como Evelyn, Cátia também costurou a fantasia e contou com o apoio da mãe e irmã.
– Amo carnaval e passo todo o ano me preparando. Faço aulas de dança e ensaio bastante – explicou Cátia, questionada sobre como fazia para manter o samba no pé durante todo o trajeto.
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