O empresário Moacir Thomazi assume pela segunda vez o comando da Associação Empresarial de Joinville (Acij), a maior do Estado, sucedendo o advogado João Martinelli. A cerimônia de posse será nesta segunda-feira à noite. Thomazi dará continuidade às bandeiras da entidade, como melhorias na área de segurança, de infraestrutura e de saúde.
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Enquanto a direção dos trabalhos não deve ter mudanças significativas, o perfil profissional de ambos é bem diferente. Martinelli é essencialmente da esfera privada e assumiu a Acij, dois anos atrás, com um tom mais duro em relação ao poder público.
Thomazi, por sua vez, conhece bem os dois lados. Já passou pelo serviço público e marcou sua atuação na área educacional. Foi secretário de Estado da Educação, presidiu o Conselho Nacional de Secretários de Educação e comandou a secretaria municipal na mesma área, além de atuar como professor. No setor privado, tornou-se conhecido como empresário do ramo da comunicação. Foi dono do jornal “A Notícia”, vendido em 2006 para o Grupo RBS.
– Tenho a visão de como funciona o poder público, mas isto não quer dizer que vou deixar de cobrar. A cidade tem demandas imensas. Na área de segurança, por exemplo, o efetivo das polícias Civil e Militar é o mesmo de 15 anos atrás. Vamos cobrar, entendendo quando as coisas são possíveis de serem feitas – explica.
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Ao assumir o cargo quase duas décadas depois, Thomazi encontrará desafios diferentes daqueles enfrentados quando esteve à frente da Acij pela primeira vez, em 1999.
– A cidade cresceu, os problemas aumentaram e os serviços públicos não são ampliados na proporção do aumento da população – afirma.
Ele se recorda de que naquele tempo as grandes empresas do município eram familiares, o dono participava da gestão e o contato com a entidade ocorria de forma direta. Hoje, a maior parte delas é administrada por executivos, devido às mudanças estruturais e de gestão ocorridas.
– Os donos, às vezes, nem sabemos quem são – brinca.
Os desafios empresariais também mudaram. Segundo Thomazi, no final dos anos de 1990, a principal questão era a perenidade das organizações. Hoje, é conseguir manter a empresa operando. Internamente, o empresário indica que terá um olhar atento em relação às despesas, promovendo revisão de procedimentos e processos para dar mais agilidade à gestão com um olhar detalhista sobre os gastos.
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