O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, rebateu nessa quinta-feira as críticas do porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Yigal Palmor. Segundo o jornal The Jerusalem Post, Palmor classificou o Brasil como um “anão diplomático”, apesar de sua posição econômica e cultural.

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– Eu devo dizer que o Brasil é um dos poucos países do mundo, um dos 11 países do mundo, que têm relações diplomáticas com todos os membros da ONU. E temos um histórico de cooperação pela paz e ações pela paz internacional. Se há algum anão diplomático, o Brasil não é um deles, seguramente – reagiu o chanceler.

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Figueiredo defendeu a posição do governo brasileiro que, em nota divulgada na terça-feira, condenou “energicamente o uso desproporcional da força” por Israel em conflito na Faixa de Gaza.

– Condenamos a desproporcionalidade da reação de Israel, com a morte de cerca de 700 pessoas, dos quais mais ou menos 70% são civis, e entre os quais muitas mulheres, crianças e idosos. Realmente, não é aceitável um ataque que leve a tal número de mortes de crianças, mulheres e civis. E é sobre esse fato que essa nova nota fala – ressaltou Figueiredo, após participar, em São Paulo, de evento na Fundação Getulio Vargas.

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O ministro lembrou que, na semana passada, o Itamaraty já havia divulgado nota condenando o movimento islâmico Hamas pelos foguetes lançados contra Israel, e também Israel pelo ataque à Faixa de Gaza.

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– Israel se queixa que, na última nota, não repetimos a condenação que já tínhamos feito. A condenação que já tínhamos feito continua, somos absolutamente contrários ao fato de o Hamas soltar foguetes contra Israel. Isso se mantém. Não há dúvida. Não pode haver dúvida disso – afirmou Figueiredo.

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O chanceler também defendeu a posição brasileira assumida no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. O Brasil votou favoravelmente à condenação da atual ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza e à criação de uma comissão internacional para investigar todas as violações e julgar os responsáveis.

– A maioria apoiou, inclusive a América Latina inteira. Nós estamos junto da nossa região e apoiamos, neste caso, uma investigação internacional independente para determinar o que aconteceu, o que está acontecendo. Eu acho razoável haver essa investigação internacional independente, e foi a favor disso que nós nos manifestamos.

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*Agência Brasil