O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) abriu na última terça-feira uma denúncia criminal contra o vereador João Carlos Gonçalves (PMDB) com base no pedido formalizado pela 13ª Promotoria de Justiça da Comarca de Joinville.
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A ação foi produzida com base na denúncia do susposto esquema de “caixinha” praticado no gabinete do parlamentar, onde funcionários seriam persuadidos a pagar uma porcentagem dos seus salários para se manterem no emprego.
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De acordo com a denúncia, os valores tanto eram utilizados em benefício próprio pelo Vereador quanto doado para entidades beneficentes, com propósito eleitoral. A mesma denúncia motivou, em agosto, um pedido de abertura de Comissão Processante (CP) contra o vereador na Câmara, que foi derrubada por não atingir o número necessário de votos no plenário.
Em sua defesa, João Carlos alegou que a denúncia é infundada e motivada apenas por motivos de vingança pessoal e perseguição política. Confira abaixo os trechos da gravação apresentada ao MP:
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De acordo com o vereador, o denunciante, Glauber Adriano – que também é o autor da ação agora baseada no Ministério Público -, trabalhou em seu gabinete entre 2013 e 2014, durante um ano e meio, no cargo de Assessor Parlamentar I, e foi durante esse período que coletou as gravações que, segundo o vereador, estão sendo usadas fora de contexto para causarem a impressão de irregularidade.
– Eu tenho uma história com Joinville, e quem me conhece sabe que sempre ajudei todas as entidades e pessoas que pude. Só que é importante ressaltar que sempre tirei todo o dinheiro do meu bolso e continuarei fazendo isso. Nunca existiu qualquer tipo de cobrança dentro do meu gabinete, eu não preciso desse tipo de postura – explicou João Carlos.
A denúncia ainda não foi recebida pelo Poder Judiciário. A partir do seu recebimento o denunciado passa a ser considerado réu na ação penal.