Uma falácia infundada e motiva apenas por vingança pessoal e perseguição política. Foi assim que o vereador João Carlos Gonçalves (PMDB) definiu a denúncia instaurada no Ministério Público que acusa o líder da bancada peemedebista de cobrar uma taxa de 10% do salário de assessores parlamentares lotados em seu gabinete quando era presidente da Câmara de Vereadores de Joinville.
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De acordo com o vereador, o denunciante, Glauber Adriano, trabalhou em seu gabinete entre 2013 e 2014, durante um ano e meio, no cargo de Assessor Parlamentar I, e foi durante esse período que coletou as gravações que, segundo o vereador, estão sendo usadas fora de contexto para causarem a impressão de irregularidade.
Na denúncia, acrescida diálogos gravados pelo ex-assessor, o vereador discute a suposta prática ilegal de cobrança de uma “caixinha” de assessores parlamentares na câmara.
A ação, protocolada no Ministério Público e que corre em segredo de justiça, cita a existência do esquema que exigia um percentual dos salários dos assessores como condição para que se mantivessem nos cargos comissionados da Câmara.
– Eu tenho uma história com Joinville, e quem me conhece sabe que sempre ajudei todas as entidades e pessoas que pude. Só que é importante ressaltar que sempre tirei todo o dinheiro do meu bolso e continuarei fazendo isso. Nunca existiu qualquer tipo de cobrança dentro do meu gabinete, eu não preciso desse tipo de postura – explicou João Carlos.
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Ainda nesta sexta-feira, o autor da denúncia se pronunciou oficialmente em sua rede social, alegando que logo no primeiro mês de trabalho foi informado que os funcionários deveriam fazer uma contribuição mensal para a “caixinha”, contribuição esta que variava de valor de acordo com o salário de cada um, mas que em média representava 10% do rendimento líquido de cada assessor.
– Mesmo não concordando com o pagamento (ilegal) o fiz, entre fevereiro de 2013 e abril de 2014, quando solicitei minha exoneração do cargo – disse Glauber Adriano.
Segundo João Carlos, a denúncia tem cunho pessoal e político, já que o denunciante teria interesse em se lançar como candidato nas próximas eleições. O vereador adianta que tem todas as ferramentas que precisa para desmentir a denúncia e que só vai aguardar a conclusão do caso para lançar uma resposta judicial às acusações.
– Recebi mais cinco mil votos na última eleição. Isso não acontece sem que naturalmente algumas pessoas esqueçam da ética e tentem de tudo para desfazer a história que construí. Mas não vou esquecer que tenho um compromisso com os meus eleitores e a minha comunidade, por isso sigo em frente – declarou o vereador.
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