O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) deve protocolar ainda nesta sexta-feira no Tribunal de Justiça (TJSC) a denúncia contra os acusados na Operação Fundo do Poço, deflagrada pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) no final de novembro que resultou na expedição de 20 mandados de prisão temporária e 48 de busca e apreensão, cumpridos em várias cidades da Serra, Meio-Oeste e Oeste do Estado.
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O processo corre em segredo de justiça e os nomes dos possíveis indiciados permanecem confidenciais. No entanto, das 20 pessoas, seis continuam detidas. Entre eles estão a prefeita de Celso Ramos, Inês Schons, seu marido, Vander Schons, o ex-secretário de Desenvolvimento Regional de Campos Novos, Luiz Antonio Zanchett.
Três empresários também estão detidos. São eles Luciano Dal Pizzol, Miguel Atílio Roani e Juarez Atanael da Silva, proprietários das empresas especializadas em poços artesianos Água Azul, Hidroani e Cristal, respectivamente.
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Os advogados do casal Schons e de Silva não quiseram comentar o assunto. O advogado de Pizzol, Fernando de Marco, afirmou que na próxima semana irá ingressar com um habeas corpus para revogar a detenção de seu cliente. Disse também que irá esperar a denúncia chegar em suas mãos para elaborar os próximos passos da defesa. Já os advogados de Roani e Zanchett não foram localizados pela reportagem.
A operação é resultado de investigação iniciada pelo Gaeco de Lages e resultou na detenção de servidores públicos municipais e empresários do ramo de perfuração de poços artesianos envolvidos em um suposto esquema de formação de quadrilha, fraudes em licitações e crimes contra a administração pública.