O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) decidiu pedir mais informações à 6ª Delegacia de Polícia da Capital sobre a denúncia de violência sexual cometida, em tese, por Nilson Nelson Machado, o Duduco, e conseguiu na Justiça a determinação do acolhimento das crianças e dos adolescentes que moram na residência do ex-deputado estadual.
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Em razão da necessidade de coleta de outras provas, a Promotora de Justiça Kátia Helena Scheidt Dal Pizzol, titular da 4ª Promotoria de Justiça de Florianópolis, pediu ao Poder Judiciário, no final da tarde desta segunda-feira, a devolução do inquérito policial à 6ª DP para que sejam cumpridas novas diligências, entre elas, a coleta de novos depoimentos.
“Em análise do inquérito, em face da gravidade dos fatos noticiados, observamos a necessidade de outras diligências, entre elas a reinquirição de alguns envolvidos (vítimas) e a inquirição de outras pessoas, com a finalidade de melhor fundamentar eventual oferecimento da denúncia” reforça a promotora no comunicado oficial do MP à imprensa.
Entenda o caso
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Nilson Nelson Machado, o Duduco, foi alvo de uma investigação policial depois que um homem de 28 anos procurou a polícia para relatar os casos de abuso que aconteciam dentro do Lar do Tio Duduco, que ele mantém há mais de 30 anos no Centro de Florianópolis.
O inquérito que resultou da investigação ainda está sob análise da promotora Katia Helena Scheidt Dal Pizzol, da 4ª promotoria criminal da Capital. Nele, quatro pessoas – incluindo o denunciante – afirmam ter sido vítimas de abusos, além de mais uma ex-funcionária que confirma a denúncia, embora nunca tenha presenciado nada. A Polícia Federal também chegou a se envolver no caso, mas a falta de provas impediu a continuidade da investigação. Desde que a denúncia ganhou repercussão nacional, nenhuma nova vítima foi registrada.
Duduco segue alegando a falsidade de todas as denúncias contra ele e diz que elas não passam de interesse de pessoas com quem teve desentendimentos no passado.
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A reportagem do Diário Catarinense tentou conversar com Duduco sobre o posicionamento do MP, mas o celular do ex-deputado estadual estava desligado na desta terça-feira. Também não foi possível localizá-lo em sua casa nem na sede de sua entidade.