O Ministério Público de Santa Catarina só irá se pronunciar na próxima terça-feira, dia 7 de maio, a respeito do que irá fazer com as denúncias de abuso sexual que envolvem o ex-vereador e ex-deputado Nilson Nelson Machado, 52 anos, o Duduco.
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Ele foi alvo de uma investigação policial depois que um homem de 28 anos procurou a polícia para relatar os casos de abuso que aconteciam dentro do Lar do Tio Duduco, que ele mantém há mais de 30 anos no Centro de Florianópolis.
O inquérito que resultou da investigação ainda está sob análise da promotora Katia Helena Scheidt Dal Pizzol, da 4ª promotoria criminal da Capital. Nele, quatro pessoas – incluindo o denunciante – afirmam ter sido vítimas de abusos, além de mais uma ex-funcionária que confirma a denúncia, embora nunca tenha presenciado nada. A Polícia Federal também chegou a se envolver no caso, mas a falta de provas impediu a continuidade da investigação. Desde que a denúncia ganhou repercussão nacional, nenhuma nova vítima foi registrada.
A promotora Katia tem, basicamente, três opções para o caso: pedir mais diligências (novas investigações, com novos interrogatórios), acusar o réu ou arquivar o caso por falta de provas.
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Além dela, outra promotora também está envolvida com o caso. A Vara da Infância e Juventude entrou na história na última terça-feira, quando um procedimento preparatório foi aberto para avaliar a situação das crianças do Lar com base no depoimento da advogada das cinco supostas vítimas, Jackie Anacleto. Ela procurou o local para contestar a atitude que Duduco teve na semana passada, quando foi até a casa de uma das vítimas retirar os dois irmãos mais novos que estavam com ela. A mulher e o ex-deputado brigam na Justiça pela guarda dos adolescentes, que, atualmente, pertence a ele.
Duduco segue alegando a falsidade de todas as denúncias contra ele e diz que elas não passam de interesse de pessoas com quem teve desentendimentos no passado.