Volni José Amorim, empresário e companheiro de Maristela, 48 anos, pilota motos há 34 anos. Ele conduzia uma Honda 1000 cilindradas e a viu ser arrastada pelas ruas de Rio do Sul, presa à Saveiro. Confira o que ele conta sobre o acidente:
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Jornal de Santa Catarina – Como está a Maristela?
Volni José Amorim – Ela está muito machucada, muito dolorida, mas está bem, está falando. Ela deve passar por uma cirurgia de reconstituição da pele hoje.
Santa – O que aconteceu na noite de sábado para domingo?
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Volni – Saímos do Motosul e viemos em uma lanchonete. Saímos para ir para a casa do irmão dela que mora em Rio do Sul onde estávamos hospedados. Aí veio esse rapaz, em alta velocidade, tentando me ultrapassar pela direita. Ele passou pelo canteiro do jardim. Passei por ele e falei ‘tu tá louco, cara?’. Não parei a moto, não houve briga nenhuma, só desviei com a moto.
Santa – E como ocorreu o acidente?
Volni – Entrei na Rua Carlos Gomes. Aí ele veio e bateu na traseira da minha moto. Minha esposa caiu para o lado esquerdo, nisso ele passou por cima dela, ela ficou presa com a cabeça entre o eixo e a roda. E no intuito de fugir, ele a carregou por 700 metros. O taxista gritava e ele não parou. E dava ré, até conseguir soltar ela lá na subida do morro.
Santa – E o senhor conseguiu levantar?
Volni – Quando consegui levantar comecei a gritar para ele parar, mas ele já estava uns 100 metros longe de mim.
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Santa – O que pesou no momento em que a viu sendo arrastada?
Volni – Só pensei que ia encontrá-la morta. Mas graças a Deus, ela sobreviver foi um milagre. A minha indignação é ele não ter parado para prestar socorro. Jamais imaginei que isso pudesse acontecer comigo. Ele vendo que tinha uma pessoa ali e não parar.
Santa – O que vocês pensam em fazer agora?
Volni – Estamos juntos há um ano e meio. Tínhamos planos de casar este ano ainda e isso não deve mudar. Só vamos esperar ela se recuperar e isso deve acontecer de qualquer maneira.