(Foto: Rogério Danielski / RBS TV)

Trabalhadores do Cooperminas, cooperativa carbonífera de Forquilhinha, protestam desde a meia-noite de ontem em Criciúma, no Sul do Estado. Na manhã desta quinta-feira, eles realizaram abordagens na rodovia Sebastião Toledo dos Santos, entre Criciúma e Siderópolis, parando os caminhões para verificar a carga.

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Segundo os manifestantes, dois veículos furaram o bloqueio e despejaram terra na pista. Quando um manifestantes se aproximou de um dos caminhões, foi ameaçado com uma arma de fogo. Até que a pista fosse limpa e o trânsito liberado, uma fila se formou ao longo da rodovia.

A reivindicação dos trabalhadores é um controle maior sobre o carvão vindo do Rio Grande do Sul, que têm tirado o emprego de pessoas da região, segundo o presidente do Sindicato dos Mineiros, Djonatan Elias.

— Vamos contratar trabalhadores aqui da nossa região, vamos movimentar a nossa economia, não a economia de outro Estado. Forquilhinha, Maracajá, ta entupido de carretas paradas trazendo carvão de outro Estado — explica Elias.

No Anel de Contorno Viário da Vila Zuleima, pelos menos vinte caminhões estão parados desde a quarta-feira. Os caminhões vêm de Butiá, município gaúcho distante 400 quilômetros de Criciúma, e aguardam a liberação dos manifestantes para fazer a entrega do frete.

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Para corresponder aos padrões técnicos exigidos pela Engie Tractebel, compradora do carvão, as carboníferas da região misturam o material retirado aqui com o vindo do estado vizinho. Essa é a explicação do diretor executivo do Sindicato da Indústria de Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina, Márcio José Cabral.

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