O biólogo e escritor moçambicano Mia Couto, vencedor do Prêmio Camões em 2013, fez nesta sexta-feira uma homenagem ao escritor colombiano Gabriel García Márquez durante debate na 2ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura. Couto disse que a vida de Márquez perpetua na obra deixada.

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– Ele terá que morrer várias vezes, porque a vida dele está na obra – disse.

Os restos do escritor serão cremados em privado, de acordo com nota lida pela diretora do Instituto Nacional de Belas-Artes, María Cristina García, aos jornalistas de plantão na frente da residência do escritor.

María Cristina, que leu o comunicado a pedido da família do escritor, não especificou a data da cremação, nem o destino final dos restos mortais de Gabo, mas antecipou que, na funerária onde o corpo se encontra, “não serão realizadas honras fúnebres”.

Ela lembrou ainda que, na próxima segunda-feira, a partir das 16h (horário local), acontece a homenagem nacional a García Márquez no Palácio de Belas-Artes da capital mexicana.

– O público poderá celebrar seu legado – afirmou.

Acompanhada de Jaime Abello, diretor da Fundação Novo Jornalismo Ibero-americano – criada e presidida por García Márquez -, María Cristina anunciou que a família não divulgará mais nenhum comunicado nesta quinta.

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Uma das irmãs do escritor, Aída, disse à imprensa colombiana que espera que o corpo do escritor seja levado para sua terra natal.

– Gabito é da Colômbia, têm de trazer Gabito, quer dizer, não tive tempo de pensar nisso, mas não há dúvida de que ele tem de vir e de que vão trazê-lo para nós – declarou Aída García Márquez.

– Ele é da Colômbia, ele é o Nobel de Literatura da Colômbia, o primeiro Nobel, então ele vem, é claro que vão trazê-lo para nós – insistiu a irmã, reconhecendo que a decisão final é do núcleo familiar mais próximo do escritor, ou seja, a viúva Mercedes Bacha e os filhos de García Márquez, Gonzalo e Rodrigo.

Na Colômbia, o presidente Juan Manuel Santos decretou três dias de luto nacional pelo falecimento do escritor.

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