O depoimento de Geso Aparecido de Souza, que teve seu irmão Gelson Aparecido de Souza, 32 anos, e os dois sobrinhos assassinados a golpes de pé de cabra em janeiro de 2012, pode ajudar os jurados a entender melhor a relação entre as vítimas e os reús.

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Segundo o irmão, no julgamento dos três acusados na manhã desta quinta-feira, havia bastante proximidade entre a família e Rogério Vas de Souza, que trabalhava com Gelson e é um dos acusados de participar do crime.

Todo mundo abaixava a cabeça para o Lalau, menos o meu irmão. Já o Rogério frequentava a casa do Gelson, brincava com as crianças. Temos formação religiosa e não queremos vingança, queremos justiça – afirmou durante o depoimento.

Geso de Souza disse ainda que a família preferiu se mudar do bairro após a tragédia, pois afirmam ter completa convicção de que os três acusados são de fato os culpados do crime.

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Rogério Vas de Souza, Everaldo Rosa Nunes (o Lalau) e Jeferson Nunes são suspeitos de homicídio triplamente qualificado, corrupção de menores (pelo envolvimento de três adolescentes) e furto. O crime teria sido motivado por uma câmera de segurança, instalada na residência de Gelson, e que teria atrapalhado os “negócios” de Everaldo, conhecido como Lalau, traficante de drogas no Bairro Bom Viver, em São José. Everaldo, ou Lalau, é acusado pela polícia de ser o mandante do crime e de participar do triplo homicídio, mas nega a afirmação.

Só vou ficar preso hoje, porque não fiz nada disso de que estão me acusando aqui afirmou Lalau à reportagem do Diário Catarinense.

O julgamento entrou em recesso de uma hora a partir das 12h30min, e o primeiro depoimento da tarde deve ser de Lenice dos Santos, esposa de Gelson.

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