A pedido da presidente Dilma Rousseff, o papa Francisco deverá enviar um manifesto contra o racismo no futebol para ser lido na cerimônia de abertura da Copa do Mundo, dia 12 de junho, em São Paulo.

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Em encontro com jornalistas na noite de segunda-feira, a presidente contou que fez pessoalmente o pedido ao pontífice, que teria aceitado. O governo federal também pediu à Fifa que as mensagens contra o preconceito racial, previstas para serem veiculadas antes de alguns jogos do Mundial, sejam estendidas a todas as partidas. Dilma elogiou a campanha #somostodosmacacos iniciada nas redes sociais por Neymar.

– Dizer que somos todos macacos é dizer que somos todos iguais, que partilhamos da mesma origem. É um posicionamento muito forte e corajoso que nossos jogadores estão tendo – afirmou a presidente, no Palácio da Alvorada.

O Papa não virá à Copa. Segundo Dilma, sua justificativa teve uma pitada de flauta.

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– Ele me disse “já ganhei um título com o San Lorenzo. Se eu for, é capaz de a Argentina ganhar aí no Brasil” – contou Dilma, entre risos, antes de emendar:

– É melhor assim, então.

Na conversa, a presidente disse que tentará ver, nos estádios, todos os jogos do Brasil na primeira fase, mas por enquanto só sua presença na abertura está confirmada – a Seleção pega a Croácia no Itaquerão. Ela confirmou que a cerimônia não deve ter discursos, conforme anunciado pelo mandatário da Fifa, Joseph Blatter. A decisão da entidade é atribuída às vaias recebidas por ambos na abertura da Copa das Confederações, em junho de 2013, em Brasília.

– Se eu disser que gostei de ser vaiada, vocês vão achar que têm uma presidente masoquista. Mas acho que uma abertura não é o momento de discursos, todo mundo quer ver a bola rolar – comentou Dilma.

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