A taxa de investimento menor em relação ao Produto Interno Bruto, de 17,7% no primeiro trimestre de 2014, serve de alerta e é uma má notícia para a economia no futuro, destaca a economista e sócia da Tendências, Alessandra Ribeiro.
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– No trimestre anterior tinha sido 18,2%, quando a presidente Dilma iniciou o governo a taxa era de 19,5% – destaca Alessandra, lembrando que uma das promessas durante a eleição passada era uma taxa investimento em torno de 25%. – É um resultado dramático – completa.
Para Alessandra, essa queda consistente na relação de investimento com o PIB é “um dos pontos mais dramáticos” da realidade do um País com crescimento baixo e que “enfrenta um problema maior de oferta do que de demanda”.
– Quando penso a economia no futuro, esse dado é uma má noticia – reforça.
A economista destacou ainda que, com a abertura dos dados do PIB, é ainda mais grave observar que o que segurou o crescimento de 0,20% no primeiro trimestre deste ano em relação ao quarto trimestre de 2013 foi a demanda pública.
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– O consumo das famílias e o investimento caíram, a única coisa que contrapôs foi o consumo do governo acelerando. Ou seja, temos uma realidade onde a demanda privada desacelera e a pública segura o crescimento”, disse.
Pelo lado da oferta, Alessandra destacou o fato de novamente o setor agropecuário “salvar” o resultado e a indústria reforçar o seu quadro de desaceleração.
– A indústria de transformação puxou bem para baixo e o que me espantou mais foi o desempenho da construção civil, que teve queda de 2,3% na margem – destacou.
Segundo a economista, esse fraco desempenho da construção civil reforça o quadro de desconfiança maior com economia e cautela por parte de consumidores.
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