Uma aluna transexual* do Colégio Pedro II, de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, resolveu frequentar as aulas de saia e foi repreendida pela direção da instituição. Segundo informações da comunidade Os Cariocas, na rede social Facebook, a direção pediu para que ela trocasse de roupa, oferecendo uma calça à adolescente.
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Porém, os alunos não gostaram e criaram o manifesto contra a atitude do colégio. Com a #VouDeSaia, todos os alunos, tanto do sexo feminino quanto do sexo masculino, foram a aula de saia. O protesto foi na última quarta-feira, dia 3.
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A reportagem tentou contato com a escola, mas, até a publicação desta matéria ninguém atendeu o telefone.
Seguidores da comunidade responderam o post com mensagens em apoio a causa:
“Que linda atitude deles!!!!! O mundo seria bem melhor com mais pessoas assim!!! Parabéns pela iniciativa”
“Orgulho de pessoas assim no mundo!”
“Gostei da iniciativa de união entre os alunos”
“Se tem saia como uma das peças do uniforme e a aluna se identifica como mulher é ridículo ela ter q passar por esse constrangimento. Ainda bem q teve e galerinha super do bem q se importou com a causa”.
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*Transexualidade é a condição considerada pela Organização Mundial de Saúde como um tipo de transtorno de identidade de gênero. Refere-se à condição do indivíduo que possui uma identidade de gênero diferente da designada ao nascimento, tendo o desejo de viver e ser aceito como sendo do sexo oposto.
Casos pelo mundo
Outro caso parecido foi divulgado no ano passado pelo jornal The Mirror. Romeu Clarke, de cinco anos, da cidade de Rugby, na Inglaterra, foi banido do grupo infantil da sua igreja porque ele gosta de usar vestidos de princesa.
Segundo os organizadores de clube do infantil que Romeo participava, que é dirigido pela igreja local, acreditam que seus vestidos princesa “confundem” as outras crianças e pediram para ele não voltar. Dizendo que ele só pode voltar para o grupo se ele vestir roupas apropriadas para seu gênero.
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Reprodução/The Mirror – Tom Flathers/Newsteam
Confira a mensagem encaminhada à mãe, pela igreja:
“O filho do Georgina ainda é permitido frequentar o clube infantil, mas pede-se para que use roupas do sexo indicado na sua ficha de inscrição, a qual indica masculino. Este pedido não é diferente do que é requerido por sua escola, onde ele usa uniforme de menino.”