Com a intenção de reunir ideias sobre o currículo nacional único para a educação básica, o Ministério da Educação (MEC) promove amanhã um dia para mobilizar escolas de todo o país em torno da discussão. O objetivo do Dia da Base Nacional Comum Curricular (BNC), nesta quarta-feira, é organizar sugestões de alterações sobre o conteúdo das disciplinas, enquanto o documento preliminar ainda está em fase de definição.

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Em fase de discussão, Base Nacional Curricular enfrenta críticas

Entidades apoiadoras do Movimento pela Base Nacional Comum, como Todos pela Educação e Instituto Ayrton Senna, haviam expressado preocupação quanto à falta de um evento em que os interessados pudessem reunir suas contribuições em vez de apenas apresentá-las individualmente. A resposta do governo veio na forma de um dia em que incentiva essa participação coletiva.

Entidades reclamam de falta de tempo para definir currículo nacional

A expectativa do MEC é que cada escola reúna professores, alunos, profissionais da educação e comunidade para que o texto preliminar seja avaliado e discutido coletivamente. Com isso, o ministério espera organizar melhor as contribuições da escola para construir a base nacional, que a partir de 2016 vai reunir os objetivos que todas as escolas brasileiras deverão considerar na hora de definir aulas desde a educação infantil até o Ensino Médio.

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Primeira etapa de participação termina em duas semanas

Até 15 de dezembro, o ministério espera que as escolas consigam mobilizar suas comunidades para o envio das sugestões. É nessa data que será coletado e analisado o primeiro conjunto de contribuições encaminhadas ao portal. O período de participação, porém, não acaba aí: opiniões poderão ser enviadas para uma segunda sistematização até março de 2016.

Encerrado o período aberto à participação da sociedade, o passo seguinte é a produção e divulgação da segunda versão da proposta. O documento, então, será debatido pelas secretarias municipais e estaduais de ensino até que uma proposta final seja encaminhada, em junho, para votação no Conselho Nacional de Educação.

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A proposta atual, ainda em fase preliminar, foi divulgada em setembro e está disponível para consulta pública no site basenacionalcomum.mec.gov.br. Para contribuir, é preciso fazer um cadastro, que está disponível para indivíduos, organizações da sociedade civil e escolas.

Números*

– 165 mil cadastros, dos quais 119.344 são professores, o que equivale a 72,3% do total de cadastros individuais

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– 21.368 escolas representadas como pessoas jurídicas

– 1.830 cadastros de organizações da sociedade civil e de pesquisadores vinculados às instituições de ensino superior

– 4,2 milhões de contribuições (opiniões dos usuários sobre pelo menos um dos objetivos)

*Com base em levantamento feito em 30 de novembro pelo MEC. Os dados sobre as organizações é aproximado.