Para quem está pensando em ingressar na profissão de jornalista, é um incentivo ouvir alguém que após anos de profissão mantém a paixão pelo que faz. É assim que foi o chat com o repórter Maurício Oliveira, que já trabalhou na revista Veja e há oito anos atua como freelancer para jornais, revistas e agências de publicidade de Santa Catarina e São Paulo.

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Questionado sobre quais são as melhores e piores coisas de ser jornalista, Maurício destacou como é bom ter a perspectiva de aprender coisas novas todos os dias:

– Isso que me levou a escolher a profissão, 20 anos atrás. A pior… Acho que não existe coisa ruim. Eventualmente pode haver circunstâncias ruins, como salários baixos ou más condições de trabalho, mas não é um problema da profissão em si.

No bate-papo ele falou também sobre o papel do jornalista hoje de mediar o caos de informação que circula pelo mundo, tentando levar informações de qualidade aos leitores. Ele também comentou sobre a Internet, que é uma ferramenta preciosa para o jornalismo, contanto que se saiba usá-la bem.

Maurício falou também sobre o baixo piso dos jornalistas, a importância dos contatos para seguir na profissão, a diferença entre veículos diários, semanais e mensais, o papel de jornalistas na área de publicidade e as vantagens de trabalhar como freelancer.

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A conversa terminou em tom otimista, após o internauta Renan perguntar sobre qual o maior aprendizado que se tem no mercado de trabalho e não na faculdade:

– Acho que a lição mais evidente é a de que você faz parte de uma engrenagem. Um veículo jornalístico é um produto e funciona como qualquer outra empresa. Mas é claro que, em meio a tudo isso, você tem como procurar caminhos para se realizar, preservar a dignidade profissional e realizar o velho sonho de ajudar a melhorar o mundo um pouquinho.

:: Quem não conseguiu participar do chat pode ler a conversa abaixo e tirar suas dúvidas com o Maurício pelo e-mail jornalistamauriciooliveira@gmail.com

Ser jornalista

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Veja algumas informações que o caderno Vestibular apresentou hoje sobre a profissão:

MERCADO DE TRABALHO

A redação é uma grande escola, é uma passagem obrigatória, principalmente nos primeiros anos de formado. Mas, infelizmente, a redação não tem conseguido absorver todo mundo e nem conseguido valorizar tanto os profissionais. O mercado vai depender das relações que cada um abre para si.

DO QUE É PRECISO GOSTAR

A pessoa tem que se interessar pelo que acontece. Jornalista é aquele que chega no lugar, interpreta a situação e produz informação. Quanto mais livre de preconceitos e concepções, melhor.

O QUE É MAIS DIFÍCIL

Manter a chama da paixão pela profissão acesa, acordar e pensar ” o que vou conhecer de coisa boa hoje?”. Como em qualquer profissão, nem sempre se dedica 100% a tarefas que se aprecie. Também fazem parte do pacote os plantões de fim de semana nas redações, se a profissão é importante, vai superar isso.

SALÁRIOS

O piso salarial dos jornalistas em Santa Catarina, de acordo com o sindicato da categoria, é de R$ 1.395,68, para um jornada de cinco horas diárias.

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