A profissão de jornalista é frequentemente glamourizada em filmes, romances e até histórias de super heróis. Mas nem tudo é aventura e emoção como na vida do personagem de quadrinhos Tintim, que chegou às telas do cinema este ano. O caderno Vestibular do Diário Catarinense desta terça esclarece um pouco sobre a profissão, e para quem se interessa em seguir essa carreira, o jornalista Maurício Oliveira participará de um chat para tirar as dúvidas dos internautas a partir das 10h.

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Maurício Oliveira é ex-repórter da revista Veja e já escreveu sobre os mais diversos assuntos. Há oito anos ele é freelancer e trabalha para diferentes publicações e agências. E mesmo com as dificuldades da profissão – os plantões de fim de semana, a correria e o salário menor que de outras categorias -, ele não a troca por outra.

– A riqueza de ir a campo, conversar com as pessoas e ver as coisas acontecendo ao vivo não tem preço. Ajuda a gente a conhecer a alma humana e as coisas do mundo.

Sobre o entrevistado

Maurício Oliveira é jornalista formado e com mestrado em História pela UFSC. Já trabalhou como repórter em veículos como Veja e Gazeta Mercantil. Há oito anos, atua como free lancer de revistas e agências de publicidade de SC e de SP. Também é escritor e tem entre suas obras o “Manual do frila: o jornalista fora da redação”, da editora Contexto.

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Jornalista de verdade

Os filmes mostram pouco do que realmente é o dia-a-dia de jornalista. Veja algumas informações que não aparecem nas obras de ficção:

MERCADO DE TRABALHO

A redação é uma grande escola, é uma passagem obrigatória, principalmente nos primeiros anos de formado. Mas, infelizmente, a redação não tem conseguido absorver todo mundo e nem conseguido valorizar tanto os profissionais. O mercado vai depender das relações que cada um abre para si.

DO QUE É PRECISO GOSTAR

A pessoa tem que se interessar pelo que acontece. Jornalista é aquele que chega no lugar, interpreta a situação e produz informação. Quanto mais livre de preconceitos e concepções, melhor.

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O QUE É MAIS DIFÍCIL

Manter a chama da paixão pela profissão acesa, acordar e pensar ” o que vou conhecer de coisa boa hoje?”. Como em qualquer profissão, nem sempre se dedica 100% a tarefas que se aprecie. Também fazem parte do pacote os plantões de fim de semana nas redações, se a profissão é importante, vai superar isso.

SALÁRIOS

O piso salarial dos jornalistas em Santa Catarina, de acordo com o sindicato da categoria, é de R$ 1.395,68, para um jornada de cinco horas diárias.