Marquinhos passou longe de ser bem recebido pelo torcedor alvinegro no Orlando Scarpelli. Como era esperado, entrou no gramado, puxando a fila, e ouviu sonoras vaias. A cada toque na bola, novas desaprovações e xingamentos por parte dos alvinegros. O motivo não é nenhum segredo: o galego já cansou de provocar os rivais em suas passagens anteriores pelo Avaí.
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Apesar da recepção hostil, o camisa 10 não se intimidou e, como de costume, comandou o Leão em campo. Muito marcado, no entanto, encontrou dificuldades para criar, principalmente na primeira etapa. A melhor chance que teve foi em uma cobrança de falta, em que surpreendeu o goleiro Ricardo e por pouco não abriu o placar para o Leão.
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Diferentemente de outros clássicos, Marquinhos não foi decisivo nas assistências, mas participou dos principais lances de perigo do time azurra. Em uma das poucas vezes que teve tempo para pensar na jogada na etapa inicial, fez um lindo lançamento da intermediária e deixou Arlan em ótimas condições para marcar, mas o lateral desperdiçou a melhor oportunidade do time azurra.
Se com a bola nos pés Marquinhos não conseguiu ajudar o Avaí, o papel de líder foi mais uma vez muito bem executado pelo capitão da equipe. Durante todo o tempo, o camisa 10 orientou os companheiros, sinalizou as melhores jogadas, discutiu com a arbitragem.
No segundo tempo, Marquinhos atuou com mais liberdade e conseguiu produzir mais. Tentou marcar em nova cobrança de falta, buscou a cabeça dos atacantes em lances de bola parada, mas seu melhor momento foi aos 30 minutos.
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Após bola recuperada no meio de campo, deu uma assistência açucarada para Felipe Alves, que poderia ter igualado o placar – o Avaí perdia por 1 a 0 – mas tentou encobrir o goleiro em uma jogada de efeito, perdeu a grande chance do Leão e tomou uma dura do capitão.
Em seu retorno ao Orlando Scarpelli, Marquinhos se esforçou, mas não conseguiu ser brilhante como em outras oportunidades. Assim como os companheiros, deixou o gramado cabisbaixo após os 90 minutos do clássico e, dessa vez, foi o alvo das provocações. Enquanto ele descia as escadas e se dirigia ao vestiário, a torcida alvinegra dançava o “Créu” e comemorava a vitória e a quebra de um tabu que já durava seis anos.