Marquinhos pede mudanças no Avaí e alerta: “Chega de ficar segurando sozinho todas as porradas. Cansa”

Durante as últimas rodadas da Série B, os jogadores do Avaí foram a público e comentaram sobre o atraso no pagamento dos salários. A confusão chegou a ser apontada como razão pelo qual o Leão não teve uma boa atuação no final e não brigou pelo acesso.

Agora, o fantasma financeiro ameaça a permanência de um dos craques do Avaí. Marquinhos afirmou, em entrevista ao repórter da CBN/Diário, Janniter de Cordes, que recebeu propostas de outros clubes da Série A e B e até do Catar, mas ainda espera um posicionamento da diretoria do Leão antes de abrir espaço para negociações de fora.

– Meu contrato vai até a metade do ano. E depois tem mais um ano e meio de um pré-contrato que ninguém assinou. Esse contrato está batido, mas não tem nenhuma assinatura. Ficaram de resolver muitas coisas. A nossa situação é: ainda temos contrato, mas ele depende de uma conversa. Recebi propostas. Mas a primeira palavra vai ser dada pelo Avaí. Eu não abri negociação com ninguém. Meu interesse é continuar no Avaí. Contando que eles venham conversar comigo – explicou.

O camisa 10 alertou, contudo, que sua vontade de permanecer e uma conversa com o presidente não são suficientes para garantir o próximo ano. Ele quer a casa arrumada e competitiva para a próxima temporada.

– Minha intenção é de que a casa volte ao normal. Se eu vir que o Avaí não tem condições de formar um time que vá brigar, eu pego minhas coisas e vou embora. Chega de ficar segurando sozinho todas as porradas. Cansa. O pensamento é esse. Mas é claro que a minha vontade é permanecer.

O presidente em exercício do Avaí Nilton Macedo Machado, contudo, reforçou que nenhum dos medalhões do clube – Marquinhos, Cleber Santana e Eduardo Costa – estão confirmados para toda a próxima temporada. Machado afirmou que em luz de uma proposta financeira favorável para ambas as partes, negociações podem ser realizadas.

– Se houver uma proposta tentadora para um atleta e ele quiser sair para ganhar um dinheiro e se for favorável ao clube, não seremos impecílio a nenhuma negociação. Depende muito de conversa e muito dos valores que podem estar envolvidos – afirmou.