As tentativas de libertação de Marcos Antônio de Queiroz, preso em Joinville desde agosto sob a acusação de ter praticado um golpe milionário contra centenas de compradores de apartamentos na cidade, também esbarraram na maior instância do Poder Judiciário.
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Numa decisão do Superior Tribunal de Justiça, assinada pelo ministro Marco Aurélio Belizze e publicada na semana passada, foi negada mais uma vez a revogação da prisão preventiva do acusado.
– Há indícios de que o paciente vinha cometendo um grande golpe que causou inúmeras vítimas, dentre elas seus próprios funcionários, causando vultoso prejuízo – anotou o ministro.
Como o pedido de revogação da prisão foi analisado em liminar, com urgência, os mesmos argumentos de defesa serão avaliados em um julgamento ainda a ser marcado.
Os advogados de Queiroz alegam que o réu é primário, de “bons antecedentes”, com residência e trabalho fixos, além de mencionarem os negócios dele em dois materiais de construção em Joinville (ambos funcionavam em espaços alugados e, depois de saqueados, deixaram de funcionar).
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Na terça-feira, o juiz da 4ª Vara Criminal de Joinville, César Otávio Scirea Tesseroli, que cuida da ação penal ajuizada contra Marcos Queiroz, a mulher dele, Ana Cláudia Queiroz, e outros cinco ex-funcionários do Grupo Marcos Queiroz, negou novamente a revogação da prisão dele. Todos os demais réus respondem em liberdade.
A localização de Ana Cláudia Queiroz, por enquanto, é incerta. Duas intimações endereçadas a ela, nos bairros Iririú e Anita Garibaldi, retornaram sem sucesso. Por determinação do juiz da 4ª Vara Criminal, uma nova intimação será expedida por meio de carta precatória para uma cidade do Paraná, Estado onde Marcos e Ana Queiroz já moraram.
O processo ainda está em fase de elaboração das defesas dos acusados e não tem audiências marcadas.