O Tribunal de Justiça agendou para o dia 26 de julho, às 13h30, o júri do réu confesso Dik Greison Isidoro da Silva, de 23 anos. Em março do ano passado, ele matou a pauladas a travesti Jennifer Celia Henrique, de 37 anos, nos Ingleses, em Florianópolis.

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A expectativa da acusação era de que o assassinato fosse condenado à pena máxima, 30 anos de prisão. No entanto, a advogada da família da vítima, Zenilda Eduvirgem Santos, tem certeza de que essa pena não será possível.

— Tecnicamente, como ele confessou o crime, isso está na lei, é uma atenuante e diminui a pena dele. Além disso, ele é réu primário. Mas existe uma agravante que ele pegou a Jennifer de surpresa, então isso pode aumentar a pena. Ele foi frio, calculista, não demonstrou remorso nem arrependimento — afirmou a advogada.

A pena mínima para homicídio qualificado é de 12 anos de reclusão. Por isso a defesa vai trabalhar para convencer os jurados a manter o agravante para aumentar a pena.

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Dik Greison será defendido pela Defensoria Pública do Estado. A defensora, Michele do Carmo Lamaison, não quis se manifestar sobre o caso para a reportagem. Disse que só teria informações para a imprensa na segunda-feira (04).

O réu foi preso após abordagem da Polícia Militar em abril do ano passado no bairro do Itacorubi. Natural de Criciúma, ele estava morando na rua à época. Ele assassinou Jennifer em uma construção nos Ingleses, depois que os dois tiveram relações sexuais.

Jennifer era vendedora de produtos de beleza. Antes de ser morta, havia registrado dois boletins de ocorrência em delegacias de polícia de Florianópolis relatando ter sido vítima de injúria, homofobia e agressão.

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A história de Jennifer Celia Henrique, a transexual assassinada em Florianópolis

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