Um dia após o presidente Odir Nunes (PSD) anunciar que a votação da Lei de Ordenamento Territorial (LOT) ficaria para 2013, uma manobra do vice-presidente Osmari Fritz (PMDB) quase colocou a proposta em votação na Câmara.

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O peemedebista aproveitou uma viagem do pessedista para Florianópolis e realizou uma reunião informal com os vereadores das comissões de Urbanismo e de Legislação e Justiça. O objetivo era acelerar a elaboração dos pareceres para levar o texto à votação ainda terça-feira.

No encontro realizado no gabinete de Lauro Kalfels (PSDB), Osmari tentou convencer os parlamentares a darem o parecer favorável ao texto. O argumento era de que se houvesse algum problema, os empresários dariam suporte jurídico para a defesa dos parlamentares. Não houve acordo e a ideia não foi adiante. A vereadora Tânia Eberhardt (PMDB), presidente da Comissão de Legislação, era a favor da votação.

– Não vou me complicar judicialmente: vamos deixar para os próximos vereadores decidirem -, disse Lauro Kalfels, contra a votação.

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Atualmente, a LOT não pode ser votada porque falta regulamentação para o Conselho da Cidade, que tem de analisar a proposta antes de levá-la à votação.

– É improvável votarmos. Mas nunca é demais conversar. O Odir não colocaria o texto em votação. Mas como ele estava em viagem, a responsabilidade seria minha. Tentamos dialogar mostrando que não teria problema votar o texto, mas por enquanto, não de -, disse Osmari Fritz, disposto a continuar conversando com os vereadores.

A ideia de colocar o projeto em votação terça-feira ganhou força devido a viagem de Odir Nunes para Florianópolis, onde o presidente participa de encontro entre os vereadores catarinenses, que encerra-se nesta quarta. É que foi o pessedista quem assumiu o compromisso com o Ministério Público de não colocar a LOT em votação antes da regulamentação do novo Conselho da Cidade.

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– Soube dessa tentativa de votação. Mas a aprovação geraria problemas jurídicos para os vereadores -, disse o presidente.

Durante o dia, a informação de que a LOT seria votada gerou burburinho nas redes sociais, causando protestos na internet.