Uma ação articulada da base governista evitou nesta quarta-feira as convocações do publicitário Marcos Valério, dos ministros Luís Inácio Adams (Advocacia-Geral da União), Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e de Rosemary Noronha, a ex-chefe de gabinete do escritório regional da Presidência da República em São Paulo. Ao mesmo tempo, conseguiu aprovar os requerimentos para que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o atual procurador-geral da República, Roberto Gurgel sejam ouvidos pelo Congresso.

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Na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, os governistas adiaram a votação do requerimento de convocação de Valério. A intenção é que ele preste esclarecimentos sobre as acusações feitas, em depoimento à PGR, de que o ex-presidente Lula deu aval para o esquema de desvio de recursos públicos para financiar o PT e comprar apoio no Congresso.

Na Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência, presidida pelo ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL), foram derrubados as convocações de Adams, Gleisi e Rosemary. No entanto, a base aliada conseguiu aprovar os convites para ouvir FH e Gurgel.

A comissão não é convocada com regularidade. Esta foi apenas sua terceira reunião em 2012. É composta por apenas seis integrantes, quatro deles da base do governo.

Os requerimentos para os convites a Gurgel e FHC não estavam previstos na pauta da comissão, e foram incluídas durante a sessão, após acerto entre o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto, e Collor.

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Collor foi o autor do convite ao procurador-geral da República, para que ele fale sobre as relações entre o Ministério Público e a Polícia Federal. Tatto fez o convite para o tucano e a intenção é de que ele esclareça os procedimentos adotados em seu governo em relação à gestão de Furnas e da Eletrobras.