Se na última semana os manifestantes do Movimento Passe Livre levaram a Polícia Militar a acionar o grupo da cavalaria e o helicóptero Águia para controlar a mobilização em frente à Prefeitura, que foi alvo de ovos e tomates, nesta quarta-feira foi a vez da Câmara de Vereadores entrar na mira do protesto contra o reajuste da tarifa do transporte coletivo em Joinville.

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A intenção dos manifestantes era ter acesso a uma reunião do Conselho da Cidade no plenarinho da Câmara, mas as portas do Legislativo foram trancadas assim que o grupo chegou às escadarias. Seguranças terceirizados ainda se colocaram em frente à porta para impedir qualquer tentativa de acesso.

Policiais militares observaram a movimentação, mas não tiveram de intervir. Um representante da administração da Câmara propôs que apenas quatro integrantes do Movimento Passe Livre tivessem acesso ao plenarinho para falar em nome do movimento, mas a sugestão foi negada.

O entendimento dos manifestantes foi de que a proposta era anti-democrática por impedir o acesso dos demais a um prédio público. Sem acordo, o grupo seguiu de volta ao terminal urbano pela avenida Beira-rio, onde o trânsito ficou parado por fogueiras montadas nos dois sentidos da via.

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Antes, o manifesto já havia passado em frente à sede da Prefeitura, onde palavras contra o prefeito Udo Döhler (PMDB) foram pintadas no asfalto, e em frente ao escritório de trabalho do deputado Nilson Gonçalves (PSDB) – pedras chegaram a ser atiradas no local em protesto contra um programa de televisão mantido pelo deputado.

Na volta ao terminal urbano, uma onda de ovos e tomates foi arremessada contra as cabines de cobrança, enquanto manifestantes pulavam as catracas para entrar no terminal. Parte dos equipamentos foi quebrada a pontapés. Não houve registro de conflito entre policiais e membros do Movimento Passe Livre.

O aumento da tarifa elevou de R$ 2,80 para R$ 3,00 o valor do bilhete antecipado. A passagem embarcada passou de R$ 3,20 para R$ 3,40.

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