Viaturas, cavalaria e até o helicóptero Águia da Polícia Militar foram mobilizados durante mais uma manifestação liderada pelo Movimento Passe Livre, entre o fim da tarde e o começo da noite desta quarta-feira, nas ruas do Centro de Joinville.

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Assim como nas duas manifestações mais recentes, os manifestantes queimaram pneus e interditaram o trânsito em alguns pontos do trajeto da passeata. Mas a tensão foi maior desta vez porque a Prefeitura e a sede da Passebus, na rua 15 de Novembro, também viraram alvo de protesto.

Ovos e tomates carregados com tinta foram arremessados na sede do Executivo. Alguns ovos chegaram a atingir a sala da comunicação da Prefeitura, que ainda permanecia com as janelas abertas. Toda a movimentação foi acompanhada de perto pela Polícia Militar, que deixou a cavalaria a postos e contou com sobrevoos rasantes da tripulação do Águia.

Policiais militares e líderes do movimento protagonizaram discussões acalouradas, mas não houve registro de conflito nem de intervenção forçada da PM. Vigilantes terceirizados do Município também se desentenderam com um grupo de manifestantes, sem maiores consequências.

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As cenas ainda se repetiram em frente à Passebus, com nova fogueira e uma onda de ovos contra a sede da empresa, mas novamente a PM apenas assistiu à movimentação. O desfecho da manifestação desta quarta também seguiu o protocolo dos dois protestos anteriores: os manifestantes pularam as catracas do terminal urbano e partiram após os últimos coros contra o reajuste da tarifa.

O aumento elevou de R$ 2,80 para R$ 3,00 o valor do bilhete antecipado. A passagem embarcada passou de R$ 3,20 para R$ 3,40. Uma nova manifestação foi confirmada para a próxima quarta-feira, também no Centro de Joinville.