Cerca de 30 mil pessoas, segundo a polícia militar, e 40 mil conforme os manifestantes, protestam a dois quilômetros na única via de acesso ao Estádio Castelão, palco do jogo entre Brasil e México às 16h. Apesar dos pedidos da maioria, um confronto com a polícia acabou iniciado. O palco do enfrentamento foi a Avenida Paulino Rocha, um dos acessos ao estádio que recebe o jogo.
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Antes do confronto entre Brasil e México, cenário é de guerra ao redor do Castelão
Segundo informações da Agência Brasil, um dos organizadores da marcha, o jornalista Livino Neto, disse que a polícia está usando bombas de gás para conter o avanço dos manifestantes, que ultrapassaram o primeiro bloqueio ao redor do estádio e chegaram ao segundo, a cerca de 1 quilômetro do estádio. Em Fortaleza, o protesto, que começou em São Paulo, reivindicando a redução das tarifas de transporte coletivo, chama-se +Pão-Circo e é contra a remoção de famílias para construção de obras da Copa do Mundo e pede recursos para o Semiárido nordestino.
Enquanto a polícia e os manifestantes se enfrentavam do lado de fora do estádio, as seleções do Brasil e do México entraram em campo e, no momento da execução dos hinos, alguns torcedores ergueram cartazes de apoio às manifestações de protesto que ocorrem há mais de uma semana em todo o país. Um deles traz a frase “Este protesto não é contra a seleção, mas sim contra a corrupção!#ogiganteacordou”.
O objetivo da multidão era chegar perto da Arena e clamar contra a corrupção, reclamar pela insuficiência dos serviços públicos e exigir auditorias nos gastos das obras do Mundial.
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A manifestação foi convocada pelas redes sociais, especialmente o Facebook, desde ontem à tarde. Já era para ter sido realizado algo do gênero no treino realizado no Presidente Vargas, mas um atraso na saída dos estudantes do local marcado prejudicou o ato.
Confira as fotos do confronto entre policiais e manifestantes: