Desde 2005 a prefeitura planeja a descentralização das rotas de coleta de lixo na Ilha de Santa Catarina. Notícias de 2006 anunciavam a conquista de recursos junto à Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para construir uma estação que recebesse o lixo dos bairros do norte da Ilha. É nessa região que está, de acordo com a Comcap, o maior gasto com a logística do serviço.
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Durante a temporada, quando a região chega a ter mais de 100 mil habitantes com a vinda de turistas, alguns caminhões chegam a levar duas horas apenas no trajeto de ida e volta até a estação de transbordo. Cálculos recentes da empresa estimam um prejuízo de R$ 1 milhão ao ano para percorrer as grandes distâncias.
A prefeitura não conseguiu a doação de um terreno do Estado para implantar o projeto e os cerca de R$ 1,5 milhão obtidos, que seriam utilizados na construção da nova unidade, acabaram revertidos em mais cinco caminhões de coleta. Os valores gastos com logística teriam levado a um prejuízo de R$ 8 milhões desde a perda da oportunidade.
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– O que a gente está fazendo agora é um desperdício de energia, com um custo altíssimo. Não só para os cofres públicos, mas para a infraestrutura de transporte e o meio ambiente – critica o engenheiro Rodrigo Sabatini.
Em 2014, a construção da estação de transbordo no Norte da Ilha segue nos planos. Seria, inclusive, a prioridade da Comcap, de acordo com os dirigentes da empresa. O custo estimado está hoje em R$ 4 milhões. Ficará ao lado da Estação de Tratamento de Esgoto de Canasvieiras.