Tirar equipes da zona do rebaixamento da Série B não chega a ser uma grande novidade na vida de Luiz Carlos Cirne Lima de Lorenzi, o Lisca. Em 2014, ele ajudou o Náutico a escapar da degola. No ano seguinte, fez ainda mais e, em nove jogos, alcançou 70% de aproveitamento, número suficiente para evitar a queda do Ceará. Em 2016, a tarefa é semelhante no Joinville. Apresentado no começo da tarde desta segunda, na Arena, o novo comandante tricolor garante que não faltará trabalho para livrar o JEC desta situação.

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– O torcedor pode esperar de mim um Lisca trabalhando muito, se dedicando muito. Acredito na confiança do jogador. Quando o jogador entra confiante, é porque ele está bem preparado. Vamos buscar esta confiança mostrando atitude e mudança de perfil porque o torcedor está louco para nos ajudar — afirmou.

Lisca aproveitou a entrevista coletiva para esclarecer que ele não tem nada de doido, como sugere o apelido que carrega. Segundo o treinador, a brincadeira surgiu no Rio Grande do Sul em razão da sua entrega ao Juventude. Como o perfil foi o mesmo nas passagens por Náutico e Ceará, a fama se manteve.

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– Quando eu cheguei ao Juventude, eu sabia que não poderia perder aquela chance. É assim que eu faço, eu vou brigar pela minha equipe, sou apaixonado por trabalho, eu adoro dar treino, adoro melhorar performance dos atletas, tinha orgulho de chamar o torcedor e isso pegou. A torcida do Juventude adaptou uma música do “Papo Doido” para o Lisca Doido. Passou por Náutico e Ceará e vocês da imprensa adoram criar personagens. Mas eu não sou doido, não rasgo dinheiro. Sou doido pelo trabalho e agora sou doido pelo JEC.

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Sobre os desafios que terá no Joinville, Lisca reconheceu que será preciso fazer muitas mudanças. Não só na escolha das peças, mas na busca de outros jogadores que possam dar experiência ao time.

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– A gente olhou, analisou e não gostou no sábado (contra o Brasil-RS). Não só eu, todos nós. É díficil eu falar tudo o que vi, isso é algo tratado internamente, precisamos cuidar com algumas situações, com avaliações externas, mas preciso um pouco mais de experiência no elenco, jogadores rodagem.

Média de idade preocupa o treinador

Lisca sustenta a tese de que é necessário fazer mais contratações em razão da média de idade da equipe – 24,8 anos. O treinador chegou até a indicar alguns nomes para a diretoria.

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– São necessárias peças. Já conversei com o Júlio (Rondinelli), já conversei com o presidente (Jony Stassun), e indiquei alguns nomes de confiança que podem entrar no nosso trabalho com perfil psicológico de moral, de experiência, jogadores acostumados com situações de Série B. Fiz a solicitação e já estamos conversando com alguns jogadores e espero que ele cheguem o mais rápido possível.

Por fim, o comandante projeta que o objetivo inicial é sair do rebaixamento. No entanto, se o JEC conseguir a arrancada que ele deseja, no futuro, talvez seja possível sonhar mais alto.

– Acho que tudo na vida são etapas. Não podemos negar que os números mostram que nosso primeiro objetivo é sair da zona do rebaixamento, para passar para zona intermediária e, de acordo com a nossa produção, sonhar mais alto. A gente sabe que ainda faltam 24 rodadas, ficamos muito para trás, é complicado pensar hoje em G4, é quase uma utopia, mas se nós encaixarmos três vitórias seguidas, damos um pulo muito grande.

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