Entre as lideranças políticas catarinenses, as avaliações sobre os motivos da falta de interesse da população sobre as eleições do ano que bem variam entre os que sentem o distanciamento das pessoas e aqueles que afirmam ser a distância das disputa que leva ao desinteresse.
Continua depois da publicidade
– É absolutamente perceptível. Estamos vivendo uma momento de movimentação social muito intensa, como com as manifestações de junho contra o modelo político que temos, isso está refletindo em um desinteresse da população pelo processo. Real e compreensível – resumiu o presidente do PSD e deputado estadual, Gelson Merisio.
Para o parlamentar, a única opção para tentar reverter o quadro é buscar novas lideranças em grupos hoje sem ou com pouco espaço na política: os jovens e as mulheres.
Já o presidente da Assembleia Legislativa, Joares Ponticelli (PP), aponta outro fator para o distanciamento:
– A demora entre o anúncio de ações políticas e a sua efetiva concretização.
Continua depois da publicidade
Outros políticos experientes apostam que é a distância de um ano em relação ao pleito que levas aos números catarinenses.
– Hoje, há um ano da eleição, quem está preocupado com as eleições são os políticos. As pessoas estão preocupadas com o que influencia seu dia a dia, com ações de melhorias que o poder público pode tomar – disse o governador Raimundo Colombo (PSD).
As posições do vice-governador e presidente do PMDB, Eduardo Pinho Moreira, e do presidente estadual do PT, José Fritsch, são semelhantes.
– Acho que uma pesquisa em 2009 teria dado números semelhantes, mesmo com o momento único que vivemos em junho no país – diz Moreira.
Continua depois da publicidade
– As pessoas ainda estão no rescaldo do primeiro ano dos governos municipais. Ninguém está ligado com 2014, isso começa ano que vem – avalia Fritsch.
Para o senador Paulo Bauer, presidente do PSDB em SC, nada levou a essa situação: ela é a normalidade.
– Pesquisas anteriores, há um ano da eleição, davam números semelhantes. A distância do pleito e a falta de ações dos pré-candidatos visando a disputa ao governo leva a isso.