Aparentando força física e vestindo camiseta e calça jeans, Geovane dos Santos Niches, o Geovane Bomba nem parecia um presidiário ao entrar no Tribunal do Júri de São José, na tarde desta quarta-feira, dia 13.
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Um dos 40 líderes da facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC) transferidos para a Penitenciária Federal de Mossoró (RN), em fevereiro, chegou nesta terça-feira, dia 12, em Santa Catarina.
O júri começou por volta das 9h e terminou às 22h10min. Geovane foi condenado a 14 anos de prisão pelo homicídio de Alex Amaral de Castro, executado com 15 tiros, em 30 de maio de 2010, em São José. A qualificadora foi a da surpresa, em que a vítima não tem possibilidade de defesa.
Dois dos 14 anos de sua pena são por reincidência. Geovane Bomba foi condenado a 13 anos de prisão pela morte de Adriano Roberto da Silva, na praia da Joaquina, em 2005.
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Não fosse pelas algemas e pela escolta de quatro agentes penitenciários federais vestidos de preto e armados com taser e pistola, um dos articuladores e tesoureiro do PGC poderia ser confundido com alguém em liberdade.
Ao contrário dos outros dois réus Everton Jacinto dos Santos e Leonardo de Oliveira, presos na Penitenciária de Florianópolis, magros e com a pele levemente amarelada pela falta de sol. Everton foi condenado a 12 anos com a mesma qualificadora de Geovane. Leonardo foi absolvido.
Nestes três dias em SC, Geovane Bomba está detido na Penitenciária de Florianópolis, unidade onde atuava como disciplina da facção até ser transferido para Mossoró. Ele é acusado de realizar ataques à Secretaria da Justiça e Cidadania.
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