Dos 40 transferidos para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) nas penitenciárias de Mossoró (RN) e Porto Velho (RO), em fevereiro, 17,6% são os mesmos que em 2010 haviam sido mandados para presídios federais pelo mesmo motivo: comandar crimes de dentro do sistema prisional. Retornaram ao Estado e não só continuaram a exercer a liderança no PGC, como a fortaleceram. Abaixo, o Diário Catarinense revela quem são os chefes do crime organizado transferidos

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Adílio Ferreira, o Cartucho ou Juninho, transferido para penitenciária federal em 02/02/2009. Teria posição vitalícia no grupo. Em 04/10/2009 participou do motim de presos no Presídio de Joinville, onde agentes prisionais foram feitos reféns, fugindo com outros 10 detentos. Responsável pela rebelião com fuga na mesma prisão em 2010, que resultou na morte de um PM em acidente de trânsito na perseguição. Usava nome falso. Indiciado pela morte da agente Deise Alves.

Evandro Sergio Silva, o Nego Evandro, Zeca ou Caze. Teria posição vitalícia no grupo. Transferido para penitenciária federal pela primeira vez em 23/03/2008 até 23/09/2009 e na segunda em 21/01/2011. Indiciado pela morte da agente Deise Alves.

Gian Carlo Kazmirski, o Daltra ou Dexter. Teria posição vitalícia no grupo. Indiciado pela morte da agente Deise Alves.

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Rene Augusto Rocha, o Nego, Compadre ou Cumpadre. Usava nome falso. Transferido para penitenciária federal em 30/06/2011. No pavilhão 4 de São Pedro de Alcântara, teria dito que faria um agente penitenciário como refém.

Rudinei Ribeiro do Prado, o Derrú. Teria posição vitalícia no grupo. Estaria decretado pelo grupo por ter caguetagem no papel. Usava nome falso. Transferido para penitenciária federal em 26/01/2011.

Valmir Gomes, o Macaco. Teria grande influência no PGC, com posição vitalícia no grupo.

Claudio Machado Cordova, o Diabo Loiro. Estaria com a missão de fazer uma agente de refém em uma suposta rebelião no complexo de São Pedro de Alcântara.

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Clovis Diogo Bento, o CVR. Estaria incumbido da missão de matar o então diretor de São Pedro de Alcântara.

Daniel da Rosa, o Pelanca. Seria o disciplina do grupo no Bairro Dona Wanda em São José.

Emerson Henschel, o TNT. Seria o disciplina geral do grupo em São Pedro de Alcântara.

Leandro Tarcísio Luz, o Pitbull, ou Racionais. Possui antecedentes por tráfico de drogas, porte ilegal de arma, roubo, ameaça e formação de quadrilha.

Leoncio Joaquim Ramos, o Pingo ou Maomé. Responsável pela rebelião com fuga no Presídio de Joinville em 2009, que resultou na morte de um PM em acidente de trânsito na perseguição.

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Luz Ricardo Alves Fragoso, o NDW. Possui antecedentes por roubo, tráfico de drogas, porte ilegal de arma, uso de moeda falsa e ameaça.

Michel Carlos Batista Alves, o Dolar. Possui antecedentes por roubo e lesão corporal.

Rivair Walter Ferreira, o Pompeu. Seu status no grupo seria diferenciado, mas a posição é considerada perdida com a saída da Penitenciária.

Valdair Pereira, o Vada, Pelegrino ou Fulano. Estaria induzido a começar as mortes de agentes de segurança, sendo que o motivo seria a morte de seu irmão, Nerci Pereira, o Glock.

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Marcelo Mathias da Silva, o Doutor, Jhou ou Dhou. Teria posição de piloto do PCC.

Robson Rodrigues de Jesus, o Deco. Teria posição de piloto do PCC.

Ricardo Alexandre dos Santos, o Socó. Seria disciplina do PCC. Teria se oferecido para matar o chefe de segurança da Penitenciária da Capital em saída temporária no ano de 2012.

Ederson da Costa, o Chimarrão ou Eder. Teria sido decretado por ter vendido drogas muito acima do preço normal para detentos enquanto estava recolhido no Presídio de Blumenau e que para poder voltar ao convívio normal com outros integrantes do PGC estaria disposto a cumprir qualquer tipo de missão quando estiver fora da prisão.

Edson Cleison Jorge, o Keko. Tem antecedente por roubo.

Maico Custodio, o Mano B ou Maico Chapado. Disciplina do PGC em Itajaí. Possui antecedentes por homicídio, roubo, furto, ameaça e formação de quadrilha.

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Rodrigo de Oliveira, o Rodrigo da Pedra ou Coveiro. Considerado hierarquicamente como sendo a cúpula do PGC. Teria feito parte da extinta tríplice aliança do tráfico na Grande Florianópolis. Preso de alto poder aquisitivo, investigado por tentar introduzir armas na Penitenciária de São Pedro de Alcântara. Seria responsável pelo tráfico no Morro do Horácio. Transferido para penitenciária federal em 30/06/2011.

Hugo Cesar de Paiva. Disciplina geral do PGC no Presídio de Joinville, articulador em supostos planos para assassinar agentes penitenciários e agente de disciplina.

Rodrigo Dias Rosa, o Sussuli ou Wolverine. Disciplina do PGC no pavilhão 4 do Presídio de Joinville. Possui forte influência negativa dentro e fora do sistema prisional.

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Erico Antonio Padilha, o Adidas. Disciplina do PGC no pavilhão 5 do Presídio de Joinville. Participou de motim naquela prisão em 2009.

Leomar Borges da Silva, o Leoma. Ex-tesoureiro e articulador do PGC. Apontado pela polícia por autorizar a morte do agente penitenciário Sandro Mariano de Sá. Mantinha contato com a facção via celular. Em 10 de janeiro de 2012, foi flagrado usndo telefone em sua cela, , se recusou a entregar o aparelho, quebrou o chip e o atirou no chão.

Roberto Tavares Onofre, o Betinho da Favela. Teria sido disciplina geral do PGC no Estado. Líder da facção, seria traficante conhecido da região de São José e estaria comandando o tráfico de drogas e fazendo fazendo a função de tesoureiro, não no sentido administrativo, mas recolhendo o dinheiro do tráfico e dos dízimos. Preso em 04/07/2012 na operação Fuzil da Polícia Federal. Teria tentado aproximação com o Comando Vermelho do Rio de Janeiro organizando eventos, como bailes funks, os quais teriam como objetivo arrecadar fundos para lavagem de dinheiro para o PGC.

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Gabriel Rodriges Pereira, o Camelo. Apontado como integrante do PGC e disciplina do Morro do Macaco. Seria disciplina de galeria dentro do Cope.

Marcos dos Santos, o Satam. Disciplina do PGc em Blumenau e disciplina de galeria dentro do Cope da galeria P no pavilhão 4.

Damacir Cândido, o Gordo. Ex-disciplina do PGC no Norte da Ilha.

Marcelo Pereira, o Mostrao. Disciplina de galeria em São Pedro de Alcântara.

Iuri Cado da Rocha, o Flagrante. Disciplina do PGC na Barra da Lagoa. Teria ameaçado de morte um agente penitenciário aposentado que atua como professor voluntário de artes marciais em escola pública da Capital.

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Diego Pereira de Jesus, o Moleque, ou Doido ou Dieguinho ou Godie. Disciplina do PGC em Blumenau.

Nilton Sangali Nogueira, o Mostrao, Disciplina do PGC em Chapecó. Possui antecedentes por roubo, extorsão mediante sequestro e porte ilegal de arma.

Djonny Raulino, o Dão. Disciplina no Presídio de Blumenau e São Pedro de Alcântara. Em janeiro de 2011 matou o preso Alexandre Pinheiro Lima em Sâo Pedro de Alcântara por vingança com oito estocadas no rival.

Valcir Tomaz, o Chapecó. Apontado como responsável pelo homicídio do preso Pedro Alves no pavilhão 4 de São Pedro de Alcântara.

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Lediel Gonçalves, o Ronaldinho. Líderes em unidades que passou. Teria executado alguns homicídios nas unidades por conta da facção. Responsável pelo primeiro homicídio na Penitenciária Industrial de Joinville em 21/10/2011, de Ismael Rodrigues, com mais de 30 golpes de estoque. Condenado a mais de 40 anos por latrocínio e ainda responderia por homicídios. Em agosto de 2007 matou o preso Dorval Mizaleski, com pelo menos 70 estocadas.

Em 2008, foi transferido para penitenciária federal por rebeliões em Florianópolis. Dois meses após seu retorno recebeu carta de Fernandinho Beira Mar. Apontado ainda por liderar motim no Presídio de Criciúma.

Giovani dos Santos Niches, o Giovani Bomba. Líder do PGC, articulador e tesoureiro da facção após a prisão de Davi Schroeder, o Gângster. Seria disciplina na Penitenciária de Florianópolis. Teria a missão de eliminar agentes públicos e desavenças da facção e dar assistência aos presos transferidos para penitenciárias federais. Morou em residência alugada pelo PGC com familiares de presos que estavam em prisões federais. Teria sido afastado temporariamente do grupo para averiguação, pois estaria envolvido na morte de Fabiano de Jesus, o Colono e desvios de dinheiro do caixo da facção. Citado como responsável em realizar ataques à Secretaria da Justiça e Cidadania e ao diretor de São Pedro de Alcântara. Condenado pela morte de Adriano Roberto da Silva, na praia da Joaquina, em 2005, a 13 anos de prisão. A motivação do crime teria sido a quebra de confiança dentro da facção, o que é conforme o estatuto do PGC é atribuído a pena de morte.

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Leandro Silveira, o Leandrinho. Seria responsável por recrutar pessoas para realizar os atentados.