O líder da facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC) no Norte da Ilha foi condenado a mais de 15 anos de reclusão em regime fechado mais pagamento de multa. Damacir Cândido está preso desde a Operação Matuto, em novembro de 2011. A polícia afirma que ele continua comandando o tráfico da cadeia.
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Tráfico de drogas, associação ao tráfico e coação de testemunhas durante o processo são as condenações de Damacir Cândido, 38 anos. A sentença saiu nesta segunda-feira. A pena é de 15 anos, seis meses e 15 dias de reclusão mais o pagamento de 1.774 dias-multa. O valor de cada dia é um trigésimo do salário-mínimo da época.
Damaceno teve negado o direito de recorrer em liberdade pela gravidade dos delitos e por sua periculosidade. Ao longo do processo, o condenado teve habeas corpus negado.
Outra condenada é Karine do Amaral de Souza. A pena é um ano de reclusão em regime aberto mais pagamento de 10 dias-multa. Conforme a polícia, Karine é atual companheira de Damacir e estava ameaçando e coagindo testemunhas a não irem depor contra o traficante.
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As condenações são resultado de investigações iniciadas em maio de 2011 pelo delegado Antônio Seixas Joca e equipe, na época titular da 8a DP dos Ingleses. No fim do inquérito, 14 traficantes de drogas foram indiciados, dez foram condenados, entre eles Damacir. As provas são testemunhais, documentais e interceptações telefônicas.
A prisão de Damacir ocorreu na Operação Matuto, em 29 de novembro de 2011, na Favela do Siri, onde mora a família do traficante. Coordenada pela 8a DP, a operação contou com apoio de mais de 100 policiais civis.
_A condenação foi boa e mostra a importância do trabalho de investigação. Conseguimos comprovar todas as atividades criminosas de Damacir e sua quadrilha_observou o delegado Joca.
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O traficante usaria adolescentes no tráfico e seria dono de 90% das casas na Favela do Siri.
_ Ele substituiu o sobrinho, Clóvis Cândido, no comando do tráfico local. Clóvis está preso e trazia drogas e armas do Paraguai para a Capital _ observou o delegado Joca, no dia da operação.
Conforme a polícia, Damaceno é extremamente perigoso e articulado no PGC. Ele é tio do Clóvis Cândido, o Cabelo, narcotraficante preso no Paraguai em 2011 e tio de Ivonei Cândido, responsável pela onda de ataques a ônibus e base da PM no Norte da Ilha, mês passado.